Rio, 26/6/2003 (Agência Brasil - ABr) – O Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa do Rio de Janeiro (Sebrae/RJ) abriu hoje, em Cachoeiras de Macacu, na região serrana, o II Seminário Estadual de Aquicultura, que vai divulgar tecnologias modernas de cultivo e promoverá o intercambio de informações entre produtores, técnicos e pesquisadores. Segundo a diretora de Desenvolvimento Local do Sebrae/RJ, Celina Vargas, o objetivo é desenvolver a aqüicultura no interior do estado, especialmente na região serrana, onde a água dos rios é mais limpa e favorece a produção de tilápias e da ranicultura. Com isso, será possível gerar pequenos negócios em todas as áreas do agronegócio, identificando na água novas formas de trabalhar a cadeia produtiva diferenciada para geração de novas modalidades de emprego e renda.
O seminário é uma das ações do projeto para fortalecimento da cadeia produtiva de aqüicultura do Sebrae/RJ, que prevê a capacitação de toda a cadeia produtiva, envolvendo desde a criação dos embriões dos peixes e rãs até o processamento, incluindo noções de culinária. Enquanto os países do Sudeste Asiático dominam essa atividade no mundo, com 90% da produção global, a aqüicultura é recente no Brasil, onde se trabalha mais com peixes de água salgada do que de água doce, disse Vargas. A atividade ganhou impulso no país nos últimos 20 anos, quando novas técnicas permitiram aumento da produtividade, em especial no cultivo de camarões, peixes e rãs.
Celina Vargas disse que, em alguns municípios, como Cachoeiras de Macacu e Paraíba do Sul já estão sendo tocados empreendimentos com finalidades comerciais e de lazer. Como o ciclo da produção de café e açúcar já se esgotou no Estado do Rio, o Sebrae está incentivando outras formas de atividade que fogem à agricultura tradicional, como floricultura, fruticultura, aqüicultura e produção orgânica, acrescentou.