Rio, 26/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse hoje que não há nenhuma disposição do governo em romper critérios contratuais com operadoras de telefonia. Segundo ele, o governo vem mantendo o diálogo com o setor há algumas semanas para que os aumentos e seus impactos sejam avaliados. "Tudo o que for feito deve ser feito dentro do ambiente regulamentar do setor e dentro das normas contratuais. Não há nenhuma disposição de nenhum ministro, nem do presidente da República, de romper critérios contratuais".

De acordo com Palocci, o custo do pulso e da assinatura domiciliar podem ter grande impacto na meta inflacionária. "Estamos fazendo um combate intenso à inflação e acredito que todos os setores têm que dar sua contribuição. Vamos avaliar que impacto isso terá na inflação, sobre o custo da telefonia para a população, depois, sim, tomaremos uma posição".

O ministro disse ainda que o governo não vai interferir no trabalho das agências reguladoras. Ele negou que o presidente Lula tivesse pedido a Anatel para não autorizar um aumento de 41%. "O governo não tem esse tipo de relação com as agências, nós diálogamos com naturalidade com todas elas, não há uma interferência dessa maneira"

Palocci fez a palestra de encerramento da solenidade de posse do embaixador Marcilio Marques Moreira em seu segundo mandato na presidência da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).