Esporte pode ajudar 32 milhões de jovens a sair da linha de pobreza

26/06/2003 - 13h15

Brasília, 26/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, disse hoje, na Comissão Especial de Políticas Públicas para a Juventude, da Câmara dos Deputados, que 32 milhões de jovens brasileiros de até 17 anos vivem abaixo da linha de pobreza e necessitam de inclusão social. Ele pediu o apoio dos parlamentares para a aprovação de leis que visam a ampliar as ações do Ministério e apresentou os projetos que vêm sendo implementados em benefício das crianças e adolescentes, com o objetivo de diminuir a exclusão social.

Um dos projetos apresentados pelo ministro foi o "Segundo Tempo", que está sendo implantado em parceria com o Ministério da Educação (MEC). Agnelo lembrou que políticas públicas são feitas por meio de programas como o Segundo Tempo e garantiu que o Ministério do Esporte funcionará como uma "ferramenta" para dar aos jovens a oportunidade de inclusão na sociedade.

"O principal problema hoje é o da inclusão social. Nós temos cerca de 32 milhões de jovens até 17 anos que vivem abaixo da linha de pobreza e não devemos ficar parados e deixar que esse quadro piore, mas temos o dever e a obrigação de dar a eles esperança, frisou Agnelo, acrescentando que a inclusão social é o grande objetivo do governo Lula.

O Segundo Tempo começou neste mês e foi implantado nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis, em Goiás, como projeto piloto. A proposta do programa é garantir a permanência dos alunos na escola no horário em que eles não estiverem em sala de aula, ou seja, aproveitar a outra metade do dia para que possam desenvolver atividades esportivas, culturais e pedagógicas.

De acordo com o ministro, o programa deve atender, até o fim deste ano, cerca de 700 mil estudantes a um custo mensal de R$ 5,00 por criança. O projeto envolve cerca de 10 mil professores, incluindo estudantes de Educação Física que funcionam como estagiários.

Agnelo apresentou também projeto desenvolvido em parceria com as Forças Armadas, o Serviço Social da Indústria (Sesi) e o Serviço Social do Comércio (Sesc), voltado para jovens de comunidades carentes que estão fora das salas de aula. Pelo projeto, jovens de 10 a 17 anos, inclusive portadores de deficiência, têm a oportunidade de estudar e participar de atividades físicas, em locais cedidos por essas unidades em todo o país. A meta é atender 20 mil crianças nos próximos quatro anos. "Esse é um programa simples, dirigido às crianças pobres, e que, por meio de parcerias, oferece a oportunidade de inclusão social com menos gastos", explicou.