Brasília, 25/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) quer propor alternativas de tratamento de saúde que evitem o aumento do número de aposentadorias por invalidez. O setor gasta, por ano, com o pagamento de benefícios por incapacidade, cerca de R$ 16 bilhões. É uma soma expressiva e que não só tem um significado econômico como, também, pessoal, considerando o indivíduo que está incapaz, ressaltou
o gerente de Projetos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Baldur Schubert.
Durante reunião hoje, em Brasília, o Conselho discutiu a atual situação de concessão de benefícios do auxílio-doença e aposentadoria por invalidez no regime de Previdência dos servidores públicos federais e no Regime Geral de Previdência Social, administrado pelo INSS.
Baldur Schubert disse que não é necessário se preocupar com a aposentadoria, mas em evitar o acidente, a doença e oferecer um tratamento médico oportuno, uma reabilitação efetiva, para que o indivíduo possa trabalhar nas melhores condições e que, sofrendo o acidente ou a doença, possa ser prontamente atendido e retornar ao mercado de trabalho da melhor forma possível.
"O retorno ao trabalho é o grande objetivo de todos os sistemas sociais no mundo e não pagar benefícios, mas o primeiro instrumento deve ser a melhora das condições no ambiente de trabalho para que se evite o acidente e a doença", frisou Schubert, lembrando que o próprio Conselho tem interesse em proteger o cidadão.
De acordo com dados apresentados por Baldur Schubert, no período de 1990 a 2001, foi registrado um número superior a 1,4 milhão de aposentadorias por invalidez, o que corresponde a 15% do total de aposentadorias no Regime de Previdência Social.
O Conselho é formado por representantes da sociedade civil, governo, empresas e empregados. Ele se reúne mensalmente com o objetivo de discutir políticas de gestão da Previdência Social.