MEC vai treinar professores a distância para prevenir uso de drogas nas escolas

25/06/2003 - 17h29

Brasília, 25/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Ministério da Educação (MEC) em parceria com a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), lançou hoje, o curso de capacitação de professores do ensino básico e fundamental para prevenção ao uso indevido de drogas nas escolas. A iniciativa inaugura toda uma política de capacitação e preparo de educadores da rede pública a partir da educação a distância proposta pelo ministro Cristovam Buarque e será executada pelo programa TV Escola.

Segundo o secretário de Educação a Distância do Ministério, João Carlos Teatini, o curso, previsto para começar no primeiro bimestre de 2004, deverá capacitar, avaliar e certificar 10 mil professores em 60 mil escolas de todos os municípios brasileiros. "A Educação a Distância é uma metodologia de ensino que tem um alcance extremamente importante, por isso serve como instrumento para a conquista da cidadania. Trata-se de uma estratégia eficaz para levar à comunidade conteúdo e informações necessárias sobre o uso indevido de drogas", disse.

O curso foi lançado durante a palestra "Educação a Distância: prevenção do uso indevido de drogas", parte da programação da V Semana Nacional Antidrogas. Pesquisas apontam para um elevado número de jovens que já usaram pelo menos uma vez algum tipo de droga. O álcool é o mais utilizado. De acordo com a Coordenadora Geral de Prevenção do Senad, Helena Albertâni, 60% dos adolescentes, de 12 a 17 anos, já fizeram o uso de álcool. Em segundo lugar estão o tabaco e os inalantes. Para ela, "um trabalho contínuo, não só de esclarecimento, mas também de formação de cidadãos capazes de tomar decisões e zelar pela sua saúde, a longo prazo trará efeitos bastante positivos", afirmou a coordenadora.

João Carlos Teadini acrescentou que o objetivo do MEC é estabelecer outras parcerias para o desenvolvimento de campanhas de cidadania, que tenham em vista a ética e o próprio trabalho de políticas públicas a ser implementado no governo Lula.