Brasília, 25/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - O líder do governo no Senado, Aloízio Mercadante (PT-SP), disse hoje durante entrevista ao programa "Bom dia Brasil", da TV Globo, que "houve uma melhora substancial nas contas do País, um superávit comercial de mais de U$ 10 bilhões neste semestre, permitindo uma taxa de câmbio estável para manter a competitividade das exportações ajudando a diminuir a pressão tanto sobre inflação quanto sobre as contas públicas". Segundo Mercadante, o grande desafio do governo agora, é crescer com estabilidade estimulando a área econômica e o emprego.
Para o líder ,os instrumentos fundamentais para obter crescimento são:" o da política fiscal, no sentido de gastar mais e investir em estrutura no setor agrícola; política de crédito , baixando os juros, ampliando o volume de crédito, combatendo os spread dos bancos, arrochando os bancos neste sentido e fazendo novos estilos a ampliar o volume de crédito e finalmente, a taxa de câmbio, que está estável e competitiva. Isso permitiu ao setor privado que estava endividado em dólar, a se equilibrar e está permitindo agora criar condições para crescer com estabilidade. O grande desafio é crescer com estabilidade de forma constante", disse ele.
Sobre a reforma da Previdência, explicou, que "ela tem um sentido muito importante. Primeiro , de justiça, porque é bom lembrar que 40 milhões de brasileiros hoje, não tem sequer direito a Previdência Social e nós temos com essa reforma, abrir espaços para que essas pessoas possam ser incluidas no sistema.Dos 21 milhões de brasileiros que estão aposentados pelo sistema privado, 16 milhões ganha até um salário mínimo e ninguém ganha mais de que R$ 1.581,00, então os servidores do Judiciário, do Legislativo e do Executivo, tem que entender que as condições que eles se aposentam não são sustentáveis, não estão de acordo com a situação do País. O respeito entre os poderes é fundamental e esse equilíbrio é muito importante para a democracia do País", comentou.
Quanto à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem na CNI, de que nem o Legislativo e nem o Judiciário o impedirão de levar o País ao rumo certo, Mercadante justificou, que" Lula disse na sua crença que o Brasil vai dar certo e que nós superaremos todas as dificuldades. Nós não podemos confundir a independência do poder com interesse corporativo dos funcionários do poder, são duas questões diferentes. Eu acho que a representação corporativa deve ser dada aos sindicatos que têm o papel legal e legítimo de representar os funcionários no setor judiciário, do executivo e do legislativo, e não as autoridades que representam o poder", finalizou. (Suzette B. Calderon)