Rio, 25/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - Com o objetivo de desenvolver processos mais eficientes de produção e purificação de vacinas e biofármacos, reduzindo os custos desses produtos no país, a Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), inaugura amanhã à tarde, o Laboratório de Engenharia e Cultivos Celulares.
Segundo a instituição, uma das prioridades do laboratório será o desenvolvimento de um biofármaco para o tratamento da hemofilia B, o fator de coagulação sangüínea IX. Embora o país gaste quantias significativas com a importação de biofármacos, as pesquisas nessa área ainda são incipientes. O Brasil gasta cerca de US$ 80 milhões por ano com fatores de coagulação sangüínea importados e desse total US$ 10 milhões são gastos só com a obtenção do fator sangüíneo IX.
De acordo com a professora Leda Castilho, do Centro de tecnologia, o laboratório tem como destaque outros dois estudos: a produção do fator estimulante de colônias de granulócitos (G- CSF) - utilizado no tratamento de pacientes com deficiência de glóbulos brancos, submetidos a transplantes da medula óssea ou portadores de neutropenia congênita, associada a tratamentos com agentes quimioterápicos ou com drogas anti-Aids. O outro objetivo é o de desenvolver, em parceria com BioManguinhos/Fiocruz, uma outra vacina contra febre amarela, produzida por meio do cultivo de uma linhagem de células animais certificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).