Brasília, 25/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - Mostrar as possibilidades de negócios com a China e com o resto da Ásia usando Hong Kong como ponte comercial. Essa foi a idéia do seminário "Hong Kong: Plataforma de Negócios para a China", realizado hoje no auditório da Confederação Nacional da Indústria (CNI) com representantes da Agência de Promoção de Exportações, Ministério do Desenvolvimento e das Relações Exteriores.
De acordo com Renaldo Lima, gerente da Strategis e um dos co-organizadores do evento, a Ásia representa a nova fronteira do mercado brasileiro. Ele argumenta que dos US$ 200 bilhões exportados por Hong Kong em 2002, apenas US$ 16 bilhões representam a produção doméstica da província chinesa. Os cerca de US$ 180 bilhões restantes são de produtos reexportados para outros mercados, principalmente asiáticos, provenientes de diversos países do mundo. Sendo assim, a chance de um produto brasileiro chegar à China, via Hong Kong cresce bastante, e, por tabela, a outros países do oriente.
Negócio da China
De janeiro a maio deste ano, Hong Kong ocupa o 21o lugar na lista dos países que mais compram produtos brasileiros. Além disso as exportações brasileiras para lá, entre 1990 e 2002, praticamente dobraram. Passaram de US$ 270 milhões para US$ 525 milhões.
Lima observou que a China possui um filão ainda não explorado pelos empresários brasileiros: o de produtos alimentares e bebidas. Segundo ele, apesar do importante fluxo comercial entre os dois países, os produtos exportados pelo Brasil para Hong Kong constituem-se em sua maioria de produtos primários e semi-industrializados. Para ampliar a participação brasileira no mercado chinês de produtos agroalimentares e de bebidas, Renaldo defende que as empresas desses setores precisam investir em promoção comercial.
Outro fato que pode ajudar o Brasil a incrementar suas exportações é o fim da pneumonia asiática, já que feiras e outros eventos de promoção comercial têm sido retomados.