Rio, 25/6/2003 (Agência Brasil - ABr) – Os créditos de carbono de empresas que reduzirem as emissões de gases que provocam o efeito estufa - aumento de temperatura da Terra - podem ser negociados nas Bolsas de Chicago, nos Estados Unidos, e Londres, voltada para o mercado europeu. Segundo o vice-presidente da ICF Consultoria, atualmente essas Bolsas comercializam os créditos de carbono no mercado futuro, porque para ter validade, o Protocolo de Kyoto depende ainda da ratificação pela Rússia, o que deve ocorrer ainda este ano. Como se trata de um mercado de compra e venda, o preço está atrelado à maior oferta ou demanda, explicou. Hoje o preço se situa na faixa de US$ 5,00 a US$ 10,00 a tonelada, mas pode variar muito.
"Na medida em que os países desenvolvidos começarem a se aproximar do tempo limite da redução, eles vão ter necessidade de comprar créditos de países em desenvolvimento para não pagar multas, que são bem elevadas", disse Ferreira. Ele afirmou que a redução das emissões pelas empresas brasileiras funcionará como um ativo ou commoditie, como grão e algodão, negociado no mercado internacional. Revelou que dos 14 primeiros projetos submetidos à aprovação internacional, quatro eram do Brasil, o que mostra que o país é um forte vendedor de crédito de carbono, porque figura hoje entre as melhores opções de investimento industrial, de investimento em tecnologias limpas, de redução de suas emissões.
Alana Gandra
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