Brasília, 25/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - Dezoito atletas, entre eles os jogadores de võlei, Bernard Rajazman e Ana Mozer e o corredor Robson Caetano, pediram hoje aos presidentes da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a aprovação, em regime de urgência, de lei que ofereça incentivo fiscal às empresas privadas que patrocinarem atletas brasileiros, como já existe para a cultura, com a Lei Rouanet. Os parlamentares garantiram que vão acelerar o processo de discussão da Lei de Incentivos Fiscais para o esporte e de aprovação do Estatuto do Desporto, além do projeto, de autoria do ministro Agnelo Queiroz, que cria uma bolsa mensal para atletas olímpicos e paraolímpicos que participem de competições nacionais e não recebam patrocínio.

O secretário de Esportes de São Paulo, Lars Grael, disse que lei como a Agnelo Piva, que remete recursos aos comitês Olímpico e Parolímpico Brasileiro, é importante, mas o apoio que garanta a sobrevivência do atleta foi esquecido. "A falta de investimentos da iniciativa privada aumentou muito porque foi criado um incentivo em outro setor, que é o da cultura, com a Lei Rouanet, e o esporte não foi tratado com isonomia. Isso gerou um desequilíbrio na balança de patrocínio, com a falta de empresas privadas na área do esporte de rendimento", afirmou. Grael disse ter recebido do presidente da Câmara a garantia de que o assunto será discutido em plenário em agosto.

Os atletas entregaram à Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Câmara dos Deputados um manifesto relatando a situação crítica em que se encontram atletas brasileiros por falta de patrocínio. Segundo Grael, a aprovação do incentivo fiscal para as empresas que patrocinarem atletas permitirá que eles se dediquem, em tempo integral, aos treinamentos e representem bem o país em competições internacionais.