Brasília, 24/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a quebrar o protocolo hoje, ao participar de uma cerimônia na Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na solenidade de entrega de prêmios a instituições que trabalham em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Lula recebeu de presente do detento José de Jesus Gonçalves, de Minas Gerais, uma cadeira de madeira. Ao lado da primeira-dama Marisa Letícia, Lula não perdeu tempo e sentou-se na cadeira em frente a uma platéia de mais de 300 pessoas, arrancando risos dos presentes.
Emocionado, o presidente ressaltou a importância do curso técnico que fez, ainda jovem, no Senai e lembrou que só conseguiu chegar onde está hoje graças às aulas recebidas no curso. "O Senai pode não ter valor para uma pessoa que foi para a universidade, mas, para uma pessoa pobre, o Senai passa a ter um valor maior do que qualquer curso importante", disse. As palavras macias, porém, não foram repetidas pelo presidente ao criticar seus antecessores que, para ele, não conseguiram mudar a imagem do Brasil no exterior. Numa referência implícita ao
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula disse que "muitos que estudaram a vida inteira não conseguiram fazer" (a combinação da política interna com a internacional). Lula garantiu que, a partir do seu governo, o Brasil não vai mais ser considerado um país "terceiro-mundista".