Rio, 24/6/2003 (Agência Brasil-ABr) - "A empresa que está alinhada com o uso de tecnologias limpas e preocupada em diminuir as agressões ao meio ambiente consegue ter uma imagem melhor no mercado, uma reputação melhor e, em conseqüência, tem mais êxito em suas iniciativas econômico-financeiras". O vice-presidente da ICF Consultoria do Brasil, empresa especializada na realização de análises estratégicas de gases de efeito estufa em todo o mundo, Marcos Ferreira, disse hoje, no Rio, que os compradores internacionais já consideram o aspecto de respeito ao meio ambiente como um critério na aquisição de bens e serviços.
A consultoria, sediada nos Estados Unidos há 37 anos e com atuação em sete países, inaugurou em janeiro passado seu escritório brasileiro, nesta cidade, e está trazendo ao país conhecimentos e tecnologias novos para que as companhias nacionais possam participar do mercado internacional de carbono.
Ferreira prevê que nos próximos anos os chamados créditos de carbono vão virar assunto do dia-a-dia e as empresas passarão a incorporar esses créditos vendáveis como ativos em seus balanços, da mesma forma que as companhias de países desenvolvidos, que têm a obrigatoriedade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, deverão colocar nos seus passivos a necessidade de redução.
O vice-presidente da ICF Brasil destacou também que a empresa não precisa ser de grande porte para entrar nesse mercado. A simples substituição de óleo diesel ou combustível por gás natural numa termelétrica, dependendo das condições em que for desenvolvido, é um projeto com chance de ganhar créditos de carbono, explicou. Embora esse processo ainda esteja no início, Marcos Ferreira estimou que o prazo de aprovação dos projetos de redução de emissões pode ser rápido, entre 6 meses e 1 ano.