Dinheiro mais barato à população pode garantir benefícios aos bancos emprestadores

24/06/2003 - 18h12

Brasília, 24/06/2003 (Agência Brasil-Abr) - O secretário do Tesouro afirmou, hoje, que a prioridade do governo no momento é voltada para a população de baixa renda do país e, por isso, o estímulo aos juros menores deverá ser dado às instituições que garantirem crédito para as famílias mais pobres. Levy acrescentou que não serão necessários muitos recursos para beneficiar os mais pobres. "Podemos estar falando de milhões de famílias, sem estar falando de milhões de recursos" .

Durante audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, Levy informou que a dívida externa total do país é hoje de US$ 215 bilhões, com prazo médio de pagamento de 6,5 anos e custo médio de 8,5%. Já o custo de emissão dos papéis da dívida externa brasileira está em 10,5%.

Informou que o governo sacou US$ 20 bilhões do total de US$ 30 bilhões do acordo firmado com o Fundo Monetário Internacional (FMI) no ano passado. "Portanto, ainda restam US$ 10 bilhões para serem sacados até o final do ano", disse o secretário, sem sinalizar as intenções do governo em renovar ou não o empréstimo. O custo dos recursos tomados do FMI são de 4,5% a 5% ao ano. " A taxa está um pouco acima das taxas de financiamento do Tesouro norte-americano", disse o secretário.