Brasília, 23/06/2003 (Agência Brasil - ABr) - Faltando apenas sete dias para o término do primeiro semestre do ano, o país acumula um saldo positivo de US$ 9,647 bilhões na balança comercial brasileira. De janeiro até a semana passada, o Brasil vendeu para o exterior US$ 31,143 bilhões em produtos e importou US$ 21,496 bilhões. O resultado médio é o melhor da história do país - quatro vezes maior que o superávit comercial registrado no mesmo período do ano passado, quando o Brasil acumulou um saldo positivo de US$ 2,372 bilhões.
Segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), um dos motivos do incremento se deve à busca de empresas exportadoras por novos mercados consumidores. Para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as atuais taxas de câmbio também têm influenciado o aumento das vendas de produtos brasileiros para exterior, sobretudo do agronegócio.
Todas as três categorias de produtos - básicos, manufaturados e semimanufaturados - têm mostrado aumento nas exportações, em relação a 2002. As vendas de produtos como soja em grão, café em grão, minério de ferro, carnes bovina e de frango, fumo em folhas e farelo de soja foram as que mais cresceram - em média 86,6%, em relação a junho do ano passado. As exportações de produtos semimanufaturados - principalmente celulose, ferro e aço, óleo de soja bruto, açúcar bruto, couros e peles, alumínio bruto - também aumentaram 58%, enquanto o comércio de produtos manufaturados - como veículos de carga, automóveis para passageiros, sucos de laranja, óleos combustíveis, calçados, autopeças, motores para veículos e aparelhos transmissores e receptores, e laminados planos de ferro e aço - cresceu 19,5%, em relação ao ano passado.
Verificou-se, também, um incremento nas importações. Em relação a junho do ano passado, o país aumentou em 1,4%. Na semana passada, os maiores gastos ocorreram na compra de produtos siderúrgicos (37,2%), cereais e produtos de moagem (35%), adubos e fertilizantes (19,8%), químicos orgânicos e inorgânicos (7,2%), equipamentos mecânicos (1,6%) e farmacêuticos (1,1%).