Rio, 23/6/2003 (Agência Brasil-ABr) - A área da Cultura poderá ter mais recursos através da formação de fundos estaduais e municipais e de maior autonomia do fundo nacional, hoje vinculado aos Ministérios da Fazenda e do Planejamento. Em reunião na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, revelou que o ministério está pleiteando um aumento significativo do próprio orçamento para ter mais agilidade e condições para apoiar projetos de todas as regiões brasileiras, que vão obedecer a uma política traçada pelo ministério mas, na verdade, não estarão atrelados à questão da renúncia fiscal nem à disposição ou não de financiamento das empresas. Gil quer fortalecer o fundo federal de cultura, que é uma fonte de recursos direta, autônoma, ad referendum do próprio ministério, bem como estimular a criação do conjunto dos fundos do Brasil, com o objetivo de criar um sistema nacional da gestão da cultura.
Gilberto Gil acredita na possibilidade da desvinculação do fundo nacional de cultura dos ministérios do Planejamento e Fazenda. Ele já conversou a respeito com o ministro Guido Mantega, do Planejamento, e com o presidente da República. Falta apenas se reunir com o ministro Antonio Palocci, da Fazenda, para buscar uma autonomia do fundo, de modo que ele fique disponível para os projetos do próprio ministério e não seja usado para as políticas fazendárias. O fundo, de cerca de R$ 100 milhões, está contingenciado, mas uma parte deverá voltar para o ministério em julho.