Convocação extraordinária do Congresso deverá ser decidida nesta semana

23/06/2003 - 11h37

Brasília, 23/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - A convocação extraordinária pelo Executivo ou a autoconvocação do Congresso em julho deverá ser decidida nesta semana. O recesso do Congresso começa no dia 1º de julho, mas se os deputados e senadores não votarem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), não poderão entrar em férias. A LDO indica as metas de receitas e despesas que o Governo pretende incluir no Orçamento da União, que chegará em agosto ao Congresso.

Votada a LDO e acertada a convocação ou a autoconvocação, os senadores e deputados terão de cumprir uma pauta de trabalho previamente votada. Nada será discutido ou votado se não estiver na pauta. Hoje, encerra-se o prazo para que os líderes partidários façam sugestões aos presidentes da Câmara e do Senado sobre propostas a serem incluídas na pauta.

O presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), antecipou que além das reformas da Previdência, tributária e do Judiciário deverá incluir o projeto que institui o Sistema Nacional de Habitação, que cria políticas de atendimento a famílias de baixa renda. Na Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara há sugestões para discussão da Lei de Falências e projetos na área de segurança pública.

No Senado não há pautas, mas o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), pretende incluir a discussão da reforma do Judiciário e mais de 40 medidas provisórias editadas antes da reforma constitucional, que determina que MP não votada em 90 dias tranca a pauta da Casa em que estiver tramitando, Câmara ou Senado.