Rio,22/6/2003(Agencia Brasil-ABR) – A cidade de Nova Friburgo, considerada a capital brasileira da moda íntima, sedia a partir deste domingo a XI Fevest (Feira de Lingerie de Nova Friburgo), maior evento do segmento da América do Sul.
Realizado com apoio do Sebrae/RJ, Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), Sindicato da Indústria de Vestuário de Nova Friburgo e prefeitura local, a Fevest foi aberta hoje no Nova Friburgo Country Clube, reunindo 170 expositores. A expectativa é a de que sejam realizados negócios da ordem de R$10 milhões, superando os R$ 6,5 milhões registrados no ano passado.
A meta dos organizadores é atrair compradores de todo o Brasil e do exterior, com destaque para as delegações da Itália, França, Alemanha, Estados Unidos, Chile, Portugal e Jordânia. O evento é dirigido a profissionais do setor de lingerie, englobando lojistas, revendedores e atacadistas, e se estenderá até o dia 25.
O diretor-Superintendente do Sebrae/RJ, Paulo Maurício Castelo Branco, acredita que a Fevest 2003 vai consolidar as ações desenvolvidas para fortalecer o Pólo de Moda Íntima de Nova Friburgo e Centro-Norte Fluminense. O Sistema Sebrae está investindo mais de R$ 2 milhões em programas de treinamento, capacitação e design para qualificação das pequenas confecções da região, lembrou Castelo Branco.
Ele informou que o Pólo, maior do segmento de moda íntima do país, responde por 25% de toda a lingerie consumida no Brasil, estimada em 600 milhões de unidades/ano, o que significa que 1 em cada 4 brasileiras usa peças fabricadas nas pequenas confecções da região fluminense. "O desafio está agora em penetrar de vez no mercado internacional", disse Paulo Maurício Castelo Branco.
O projeto conta com a parceria do Banco Interamericano de Desenvolvimento e da Agência de Promoção às Exportações (Apex). Os investimentos totais para capacitar as confecções do setor e abrir as portas do mercado externo alcançam R$7,6 milhões. A meta é exportar U$36 milhões até o ano que vem.
Atualmente, graças ao programa desenvolvido no Pólo, 6 consórcios de 56 micro e pequenas empresas locais estão faturando R$ 2,6 milhões por mês com a comercialização de 20 milhões de peças íntimas, sendo a maioria destinada ao mercado norte-americano. Existem hoje na região cerca de 800 confecções, das quais 523 no mercado formal, que faturam em média U$ 200 milhões e respondem pela geração de 25 mil empregos diretos. (Alana Gandra)