Rio, 20/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - O emprego na indústria brasileira caiu 1% entre abril deste ano e o de 2002. O quadro é resultado da queda em nove das 14 áreas pesquisadas e em 10 dos 18 ramos industriais estudados. Em relação a março deste ano, os postos de emprego apresentaram redução de 0,9%, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, divulgada hoje pelo IBGE.
São Paulo e Rio de Janeiro foram responsáveis pelas maiores baixas entre abril e março deste ano. A indústria paulista reduziu 2,5% dos empregos. O setor mais sensível foi o de máquinas, aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-10,7%). Já na indústria fluminense, em que o emprego caiu 3,3%, o setor mais afetado foi o de papel e gráfica (-15,2%).
O estado do Paraná nadou em outra corrente: aumentou em 4,3% os postos de trabalho. As regiões Norte e Centro-Oeste também verificaram variações positivas: 3,2%.
Apesar da redução do emprego no país entre abril deste ano e o de 2002, o emprego industrial acumulado no ano registrou crescimento de 0,2%. O resultado, porém, é inferior a fevereiro (0,7%) e março (0,6%). O saldo dos últimos doze meses permanece negativo, com queda de 0,3%.
No acumulado no ano, em relação a igual período do ano passado, há redução na folha de pagamento em quinze dos dezoito setores pesquisados. Na formação da taxa global de -7,0%, os maiores impactos negativos foram: papel e gráfica (-14,8%), máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (-13,3%) e inerais não metálicos (-14,7%).
O número de horas pagas em abril caiu tanto em relação a março (-0,5%) quanto em relação a abril de 2002 (-1,9%). Também está negativo o acumulado do ano (-0,4%) e os últimos 12 meses (-0,6%). Na comparação com igual mês do ano passado, houve queda de 1,9%, também
devido ao menor número de dias trabalhados em relação a abril de 2002.
Nove dos quatorze locais pesquisados exibem redução nas horas pagas, com destaque para São Paulo (-3,6%), principalmente pela queda da jornada registrada nos setores de máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (-14,5%) e fabricação de outros produtos da
indústria de transformação (-15,6%). Já a expansão de 5,4% no Paraná deve-se ao aumento no número de horas trabalhadas na indústria de alimentos e bebidas (15,5%). Foi a maior contribuição positiva na formação da taxa global.