Brasil quer reconstruir Iraque e vender mais para o Oriente Médio

20/06/2003 - 17h22

Brasília, 20/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - A partir de segunda-feira, o Brasil coloca em prática a estratégia para participar da reconstrução do Iraque, após a guerra contra os Estados Unidos. O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernado Furlan, visita empresários e políticos do Kuwait a fim de iniciar conversações. Além disso, tentará fortalecer a relação comercial com aquele país. Depois, Arábia Saudita e Emirados Árabes serão visitados. A principal arma será a prospecção de negócios.

Governo e empresários querem, na verdade, retomar o comércio com os países do Oriente Médio, uma vez que foi fortemente atingido depois da Guerra do Golfo. Em 1990, por exemplo, o intercâmbio foi de U$ 5 bilhões, representando 19% das negociações do nosso país com o exterior. Em 1992, ano da guerra, a corrente foi de US$ 4 bilhões.

Em 2002, os negócios entre os dois países chegaram a US$ 3,7 bilhões, com saldo favorável ao Brasil de US$ 897 milhões. Os negócios com o Oriente Médio representaram 3% do total do comércio externo brasileiro. Até maio deste ano, os países árabes e o Brasil já fizeram negócios que somam US$ 1,5 milhões, com saldo favorável ao Brasil de US$ 391 milhões.

Reunião Preparatória da Organização Mundial do Comércio

Furlan e o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, participam de sábado a domingo da Reunião preparatória para a Reunião Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em setembro no México. Na pauta, acesso a mercados agrícolas e tratamento diferenciado das relações comerciais.