Brasília, 16 (Agência Brasil - ABr) - O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, aprovou a proposta apresentada hoje pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, para reduzir o spread bancário (diferença entre a taxa de captação e a de aplicação aos clientes). "É uma idéia eficiente porque cria um sistema de financiamento para empresas contratadas junto a bancos e pode resolver o spread de maneira eficaz", comentou o ministro ao deixar o ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Nos próximos quinze dias, Palocci vai receber representantes de entidades sindicais e da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) para discutir a proposta, que consiste na criação de um acordo entre os bancos e empresas para que os empréstimos aos funcionários, como cheque especial, sejam descontados na folha de pagamento salarial, com juros menores que os praticados atualmente. Marinho sustenta a idéia na alegação da Febraban de que os spreads são altos por causa das altas taxas de inadimplência. Com as empresas descontando em folha, não haveria mais risco de inadimplência. A estimativa do sindicalista é que as taxas de juros caiam dos atuais 10% ao mês para cerca de 3%.