Recife, 16/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Polícia Civil de Pernambuco divulgou hoje as conclusões do inquérito sobre o assassinato das adolescentes Maria Eduarda Dourado e Tarsila Gusmão, ambas de 16 anos, desaparecidas no dia três de maio, depois de um passeio de barco na praia de Maracaípe. Os corpos delas foram encontrados pelo pai de Tarcila, José Vieira de Melo, em um canavial do distrito de Camela, já em estado adiantado de decomposição, 10 dias depois do crime.

De acordo com o chefe da Polícia Civil, Aníbal Moura, os culpados são Marcelo e Walfrido Lira, de 34 e 36 anos, que deram carona às jovens, na Kombi deles, já à noite, em Porto de Galinhas, quando elas tentavam retornar para a casa dos amigos, em Serrambi, onde estavam hospedadas.
Os irmãos, que negam a autoria do crime, estão presos há 20 dias, na sede do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil, GOE. Eles foram enquadrados em crime de homicídio qualificado, que prevê pena de até 30 anos. O inquérito será encaminhado à comarca de Ipojuca, onde ocorreu o crime.

Durante as investigações, mais de 60 pessoas foram ouvidas. Uma testemunha, que a polícia não revelou a identidade, por questões de segurança, descreveu, com precisão, que viu quando as jovens entraram na Kombi velha, amassada e sem os bancos de trás. Ela reconheceu Valfrido como um dos culpados.

Tarsila e Eduarda, jovens de classe média que moravam em Recife, viajaram para Serrambi no carro do namorado de uma amiga delas, na sexta-feira (02/05) pensando em passar um final de semana e retornar no domingo (04/05). No sábado foram passear de barco com um grupo de vizinhos do amigo, mas, na hora de retornar, não estavam no local combinado, em Maracaípe.
Um músico teria dado uma carona as garotas de Maracaípe até Porto de Galinhas, onde elas foram vistas ela última vez, entrando na Kombi.