MEC alinha prioridades para a educação

16/06/2003 - 16h24

Brasília, 16/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - A área de educação do governo Luiz Inácio Lula da Silva quer ser lembrada por universalizar o acesso à educação básica. Esta foi uma das prioridades apresentadas hoje pela equipe técnica do Ministério da Educação no Instituto Israel Pinheiro, em Brasília. Na reunião de alinhamento estratégico foram apresentadas 19 ações prioritárias do Ministério da Educação para os quatro anos de governo.

No Brasil, cerca de 9,6 milhões de crianças em idade pré-escolar estão fora da escola. Daquelas que têm idade mínima para estudar, mais de 2 milhões estão trabalhando em vez de ocuparem uma cadeira nas escolas. A idéia é oferecer, paralelamente ao ensino médio formal, cursos profissionalizantes capazes de abrigar parcela da população que não tem o perfil para freqüentar os cursos regulares.

Outra meta apresentada pela equipe do MEC foi a de conseguir oferecer, até 2006, cursos suficientes para todos os jovens e adultos que desejam ser alfabetizados. Também será uma prioridade a reforma das escolas públicas e os cursos de reciclagem de professores e educadores. "Creio que temos hoje uma estrutura, um alinhamento estratégico que pode ajudar a mudar o país", disse o ministro Cristovam Buarque, durante o encontro com mais de 200 servidores do ministério.

Ao mesmo tempo em que apresentou a lista de prioridades, o ministro deixou bem claro as dificuldades orçamentárias que terá para concretizar os 12 programas estabelecidos por sua pasta. Segundo calcula, serão necessários cerca de R$ 25 bilhões além do que União, estados e municípios gastam hoje com a educação, que somam cerca de R$ 50 bilhões. "Vamos ter que ser criativos para toda a vez que pensarmos em gastar um real, possamos em vez disso, economizar essa quantia", sugeriu Cristovam Buarque.

O ministro também lembrou que além de criatividade, os recursos terão que sair do orçamento do governo. "Cabe agora a sociedade decidir o que é mais importante. Vamos apresentar nossas propostas e o governo vai decidir o que é mais importante", afirmou o ministro.