Rio, 16/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - A possibilidade de paralisação foi levantada hoje, durante ato público realizado por magistrados e promotores no auditório do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, caso as reivindicações de mudanças no texto da Reforma da Previdência não sejam atendidas. Mas o presidente da Associação de Magistrados do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Felipe Salomão ponderou que as negociações devem ser esgotadas. Ele disse que a categoria apresentará as reivindicações à Comissão Especial da Câmara, que vai analisar o mérito da proposta de emenda do Executivo. Se isso não for suficiente, observou o magistrado, a questão será levada ao plenário e, por fim, ao Senado. "Se ainda assim as coisas não caminharem como imaginamos, em benefício do povo brasileiro, haverá radicalização da nossa parte. Vamos questionar uma paralisação por tempo indeterminado." Ele admitiu ainda que as mudanças, depois aprovadas pelo Congresso, podem ser questionadas no Supremo Tribunal Federal.
Para o presidente da Associação dos Membros do Ministério Público do Rio de Janeiro, Marfan Martins Vieira é preciso esperar e verificar quais serão os desdobramentos da manifestação feita hoje em vários estados brasileiros. "Não acredito que se deva promover uma paralisação neste instante. O nosso objetivo não é paralisar. O que pretendemos com esse aviso de hoje é ter a atenção das autoridades despertada e a solução do problema".