Brasília, 16/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - Às vesperas da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), a posição do governo em relação aos juros será mantida: retomar o crescimento econômico. O líder do governo no Senado, senador Tião Viana (PT-AC), afirma que este processo acontecerá de forma equilibrada. "Nem tão rápido que pareça imprudência ou afronta, nem tão devagar que pareça medo ou omissão", explica. O Copom vai decidir até quarta-feira se reduz, mantém ou eleva a taxa de juros Selic, hoje fixada em 26,5% ao ano.
O senador Tião Viana afirma que o Brasil não pode ser "arrogante" diante dos indicadores macroeconômicos que tem, enquanto Estados Unidos, Europa e Japão mostram sinais de recessão. Ele cita, por exemplo, a baixa na poupança interna, o passivo internacional da ordem de US$ 400 bilhões e a dívida interna de R$ 622 bilhões. Também ressalta que a economia brasileira não apresenta "capacidade dissuasória expressiva" , nem mesmo para se destacar como pólo de formação de poder científico e tecnológico.