São Paulo, 16/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - O vice-presidente da República, José Alencar, iniciou sua participação em plenária da Associação Comercial de São Paulo, dizendo para uma platéia de cerca de 200 empresários "que eu juro que não vou falar em juros" e observou dizendo que, alguns gostaram e outros não. Durante sua palestra que teve como tema "A Retomada do Crescimento", Alencar afirmou que o Brasil está com a economia parada e que segundo analistas econômicos, o primeiro trimestre apresentou uma redução no PIB brasileiro de 0,1%, e que, no segundo trimestre do ano, deve apresentar uma redução ainda maior. "Estamos correndo o risco de entrar numa recessão".
José de Alencar lembrou que por ter uma cultura empresarial, entende que é necessário "prevenir, em vez de deixar acontecer". Tomar providências antes", afirmou. O vice-presidente disse aos empresários que não se pode submeter a economia brasileira aos altos custos do capital que, segundo ele, entravam o crescimento. Entretanto, fez questão de afirmar que é aliado de Lula e que o Brasil está em boas mãos. Lembrou que o presidente Lula é o mais preocupado do governo com a importância de gerar empregos no país.
Salientou que a geração de empregos exige o desenvolvimento da economia real. Para alcançar esse desenvolvimento, acrescentou, é preciso que haja "taxas de juros compatíveis com as atividades produtivas", afirmou. Segundo José de Alencar, a redução da taxa de juros não será o único responsável pelo desenvolvimento da economia, é necessário investir na estrutura, como por exemplo na recuperação das estradas brasileiras.
Durante a sua participação no encontro com empresários, ele fez questão de elogiar, também, o trabalho do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, realizado nos primeiros 5 meses de governo, que resultou em indicadores positivos na macroeconomia, como, por exemplo, a queda do dólar e a queda do Índice de Risco País.