São Paulo, 16/6/2003 (Agência Brasil - ABr) - Começou na Assembléia Legislativa de São Paulo, a sessão plenária para a votação do Projeto de Lei Complementar que institui a contribuição previdenciária de 5% para os servidores públicos do estado para custeio das aposentadorias e da reforma dos militares.
Em frente à Assembléia, centenas de manifestantes protestam contra a aprovação do projeto. Um grande carro de som está parado em frente à entrada e ostenta um painel com os nomes dos 94 deputados estaduais para acompanhar voto a voto.
Nas galerias, só será permitida a lotação máxima, de 234 lugares. Foram distribuídas senhas para os interessados em acompanhar a votação e ainda há fila para entrar. Os manifestantes que já se posicionaram estão gritando palavras de ordem e fazendo "apitaço" esporádico. Alguns manifestantes reclamam que não recebem aumento há oito anos e ainda serão mais taxados.
Paulo César Pinheiro, do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), disse que o governo estadual está querendo atropelar a reforma previdenciária em tramitação no Congresso Nacional com o projeto em votação. Ele acrescentou que o projeto não foi suficientemente debatido antes da votação, "porque aqueles que defenderiam o projeto não o fizeram. Estão aguardando apenas para votar".
Para Pinheiro, antes de tomar qualquer medida, o governo estadual deveria abrir as contas do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo (Ipesp) para comprovar ou não as informações sobre os problemas alegados na previdência do estado.