Porto Alegre, 28/1/2003 (Agência Brasil - ABr) - As exportações do Rio Grande do Sul em 2002 superaram o recorde do ano anterior,chegando a US$ 6,3 bilhões, com um crescimento de 0,5%. As importações caíram 12,8%, alcançando US$ 3,5 bilhões. Como conseqüência, o superávit comercial registrou crescimento de 24%, passando de US$ 2,29 bilhões para US$ 2,84 bilhões. Os resultados foram divulgados hoje,pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Renan Proença.
Segundo Proença, "a capacidade da indústria em reverter a queda da demanda argentina através de outros mercados, aliado à desvalorização cambial, ajudou a compensar a retração na venda de produtos básicos, fazendo com que o Rio Grande do Sul obtivesse um recorde histórico nas exportações no ano de 2002", afirmou .
Os segmentos que se destacaram no estado foram produtos alimentares, fumo, material de transporte, couros e peles, química e mecânica. Dentre os principais mercados que aumentaram suas compras do Rio Grande do Sul estão Estados Unidos (12,5%), Rússia (90,6%) e China (19,9%). Para os EUA, compensando a queda nas vendas de calçados gaúchos, os produtos que mais tiveram impulso foram do segmento de mecânica, principalmente motores a diesel. Para a Rússia, o aumento se deu nas vendas de carne de frango e suínos. Óleo de soja foi o produto mais procurado pela China.
Em relação à Argentina, as exportações do estado caíram 63,3%, passando de US$ 573,5 milhões,em 2001, para US$ 210,5 milhões no ano passado. "O Rio Grande do Sul foi o estado brasileiro mais afetado no intercâmbio comercial entre os dois países, que felizmente começa a dar sinais de leve recuperação nos últimos meses do ano. A expectativa é de que no segundo semestre de 2003, venha a ter melhores números, avaliou Proença.
O Rio Grande do Sul se manteve na segunda colocação entre os estados exportadores, mas a diferença para Minas Gerais (terceiro colocado) que era de US$ 290 milhões em 2001 passou para US$ 27 milhões em 2002.