Governo quer antecipar necessidades do país em Ciência e Tecnologia, diz Roberto Amaral

27/01/2003 - 15h03

Rio, 27/1/2003 (Agência Brasil - ABr) - O Ministério da Ciência e Tecnologia vai definir, agora, a política tecnológica que o Brasil terá daqui a 20 anos, investindo na formação de cientistas, cujo prazo de maturação é em média de 14 anos. Para isso será adotada uma política de bolsas em âmbito federal, desenvolvida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes), do Ministério da Educação. A informação foi dada hoje, nesta capital, pelo ministro Roberto Amaral. Segundo ele, o ministério, terá duas áreas: uma voltada para "pensar o amanhã" e outra para o imediato.

Amaral disse que vai realizar um seminário, ainda sem data definida, para projetar as necessidades do país no prazo de 20 a 30 anos, antecipando-se, para não ser surpreendido com questões como a dos alimentos transgênicos, e investindo em pesquisa na área de energia. De forma imediata, o ministro considera prioridade ajudar a indústria e a agricultura nas pesquisas para agregar valor aos produtos fabricados no país e destinados ao comércio exterior, visando ao aumento da receita gerada pelas exportações. O ministro também pretende atuar na substituição de importações, estimulando a produção nacional de itens hoje importados, como os do setor de micro-eletrônica, que representam hoje um déficit de U$ 8 bilhões na balança comercial.