Feminista denuncia que mulheres asiáticas continuam sendo exploradas como escravas do sexo

27/01/2003 - 15h16

Porto Alegre, 27/1/2003 (Agência Brasil - ABr) - Apesar do Tribunal Internacional das Nações Unidas ter condenado a escravização do sexo, nunca houve idenização às mulheres e suas famílias ou qualquer tipo de punição a esta prática nos países asiaticos que obrigam mulheres a se prostituírem. A denúncia foi feita pela ativista coreana Chinsung Chung, na Conferência
sobre Impunidade, que aconteceu há pouco no Ginásio Gigantinho, dentro das atividades do III Forum Social Mundial.

A impunidade, disse Chung, é a verdadeira causa do turismo sexual, que escraviza mulheres em países como China, Coréia, Indonésia, Tailândia e Timor Leste. A feminista lembroou que as Estações do Prazer foram criadas na década de 30, pelo governo Japonês, na ocasião da invasão da China por aquele país e até hoje atraem pessoas do mundo inteiro sem que nada seja feito. "Embora o Tribunal Internacional tenha condenado este crime, não houve punição. Mas se eles não punem, a sociedade civil organizada faz a sua parte", disse ela, ao contar que há 11 anos todas as quartas-feiras Organizações não-Governamentais de direitos humanos fazem atos de protesto na embaixada japonesa dos países onde as estações funcionam.

Respaldada também pela convenção número 29 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe a escravização sexual, Ching pediu ao forum Social Mundial, que denuncie este crime ao mundo.