Economista norte-americano diz que Brasil planta soja transgênica

27/01/2003 - 16h37
Soja trangênica em laboratório

Brasília, 27/1/2003 (Agência Brasil - ABr) - Em artigo publicado na Revista de Economia Internacional da Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos o economista James Stamps diz que "as informações das indústrias norte-americanas dão conta de que produtores, principalmente do sul do Brasil, plantam soja modificada e não-registrada a partir da Argentina".

Ainda segundo o artigo, embora oficialmente a distribuição e comercialização de produtos obtidos por técnicas de biotecnologia sejam proibidos no Brasil, estima-se que a soja geneticamente modifica chega a ocupar 60% da área plantada no país. Por ser livre de soja transgênica, o Brasil conseguiu ser o principal fornecedor da União Européia (UE), que prefere produtos não-transgênicos, tirando os EUA da liderança. As vendas do grão norte-americano para a UE cairam de US$ 2,3 bilhões em 1997 para US$ 1,1 bilhão em 2001. O país é o maior produtor mundial de soja e cultiva o produto modificado, bem como a Argentian, Canadá, China e outros.

O Brasil é, oficialmente, o segundo maior produtor mundial de soja convencional. Em 2000, só para a UE o país vendeu 7,344 milhões de toneladas. Em 2001, o volume subiu para 9,701 milhões de toneladas.