Brasília, 11/1/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Trabalho e Emprego, Jaques Wagner, espera contar com verbas do Banco Mundial (Bird) para financiar o programa Primeiro Emprego para a Juventude. Ele define o programa como a "menina dos olhos" do ministério, por isso quer que ainda no primeiro semestre seja criado um piloto em cada região do país.

O ministro já dispõe de R$ 15 milhões no Orçamento deste ano para o programa, recursos que deverão ser ampliados, dependendo de entendimentos com os ministros da Fazenda e do Planejamento. Com o Bird, que já financia experiências semelhantes em outros países, a negociação passa pelo modelo a ser implantado.

"Existem muitas experiências mundiais que têm que ser estudadas e melhoradas. Há uma opinião do Banco Mundial que se você faz um programa de primeiro emprego e não combina com aspectos da educação e qualificação profissional vira um seguro desemprego de um ano", comenta o ministro.

O Primeiro Emprego para a Juventude prevê a parceria entre governo e empresas, em que, por um período de um ano, o empresário contrata empregados na faixa etária entre 18 e 24 anos, pagando um salário mínimo, e divide as despesas da criação do primeiro emprego com o governo.

Mas o programa vai além da criação de um posto de trabalho para os jovens. É intenção do ministro realizar parcerias com outros ministérios, como Educação e Saúde, para que o programa contemple também ações de formação, qualificação e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

"O programa é emblemático e urgente, porque a faixa etária de 18 a 24 anos tem sido muito disputada pelo chamado crime organizado", ressalta o ministro, ao lembrar que o seu projeto vai além da geração de emprego pura e simplesmente, mas atinge o combate à violência, ao narcotráfico e à prostituição.

Por esse motivo, a proposta de geração de emprego para jovens também está contemplada no Programa Fome Zero, o carro-chefe do governo.