Itinga (MG), 11/1/2003 (Agência Brasil - ABr) - A permanência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta cidade foi de mais de duas horas, onde foi assediado pelos populares e distribuiu autógrafos em bandeiras e camisetas. Na companhia de 30 dos seus ministros, o presidente prometeu construir a ponte sobre o rio Jequitinhonha, reivindicação de quase dez anos da população local.

"Nunca entendi porque não tinha essa ponte", afirmou o presidente Lula, ao acrescentar que a obra não precisa de sofisticação. "Basta permitir que as pessoas possam circular livremente sobre ela", disse o presidente.

O próprio presidente e comitiva tiveram que atravessar de balsa o rio que corta a cidade.

"Quero que olhem nos meus olhos e nos olhos do governador Aécio Neves, porque nós dois, se Deus quiser, vamos inaugurar essa ponte", afirmou Lula em seu discurso aos moradores de Itinga.

O presidente acentuou que o Vale do Jequitinhonha não pode mais continuar a ser o "Vale da Miséria", como é chamado, por ser uma das regiões mais miseráveis do país. O presidente acrescentou que seu governo tratará com prioridade as regiões pobres, "porque quem precisa do governo é o pobre".

O presidente Lula prometeu ainda providenciar, junto ao Ministério da Saúde, autorização para o funcionamento do único hospital da cidade, que apesar de estar pronto e instalado com os equipamentos necessários, está fechado há sete anos, por falta de autorização.

Ao deixar Itinga, o presidente, juntamente com sua comitiva de 30 ministros, encerrou a visita de dois dias (10 e 11) a comunidades pobres do semi-árido do Nordeste - Vila Irmã Dulce, em Teresina (PI), e a favela Brasília Teimosa, em Recife (PE) - e do Vale do Jequitinhonha.

O presidente retorna neste momento de ônibus à cidade de Araçuaí, de onde segue de avião para Montes Claros. Nesta cidade, embarcar no Boeing presidencial para São Paulo. O presidente passa o domingo, com a família, em seu apartamento em São Bernardo do Campo.