Rio, 8/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - Os policiais militares Ricardo de Souza Soares, Flávio do Val Dias e Márcio de Araújo David serão julgados na próxima terça-feira (10) no IV Tribunal do Júri, acusados do homicídio qualificado do assaltante do ônibus da linha 174, Sandro do Nascimento.

O assaltante foi morto por asfixia, no dia 12 de junho de 2000, no interior do camburão do Batalhão de Operações Especiais da PM, depois de assaltar o ônibus na rua Jardim Botânico, zona sul, e manter passageiros como reféns por mais de quatro horas. A ação policial para libertar os reféns, na hora que o ladrão ia se entregar, acabou provocando a morte da professora Geisa Firmo Gonçalves.

Sandro foi morto no momento em que era levado para o hospital. O motorista do veículo e o carona, respectivamente, os policiais Paulo Roberto Alves Monteiro e Luiz Antônio de Lima Silva, também denunciados pelo Ministério Público, foram impronunciados pela juíza, uma vez que se encontravam na parte dianteira do carro. Segundo a juíza, Maria Angélica Guimarães Guedes, "não há nenhuma prova, por mais precária que seja, que eles estavam cientes do que ocorria no interior da viatura policial".