Brasília, 5/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - O ministro das Relações Exteriores, Celso Lafer, reafirmou hoje sua convicção de que as negociações em curso do Mercosul indicam o seu "fortalecimento institucional". Lafer disse estar convencido de que o bloco para os países que o compõem, além do Brasil, a Argentina, Paraguai e Uruguai "não é uma opção, mas um destino".

O chanceler citou como exemplo de recomposição das economias dos países do Mercosul a aprovação do Convênio de Crédiro Recíproco (CCR) e também o acordo automotivo com a Argentina. Segundo Lafer, o país vizinho tem dado mostras de que "o pior já passou, e irá terminar o ano sob o signo da recuperação de seu sistema financeiro com o fim do curralito, além de avançaos políticos em suas iniciativas que demonstram seriedade e trabalho".

Lafer disse também que Fernando Henrique Cardoso, durante todo o seu governo, demonstrou apoio e confiança na Argentina. O ministro disse desconhecer pedido que o governo argentino teria feito a Lula para que este intercedesse junto ao diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Horst Kohler, para a concretização de empréstimo pendente. Lula irá se encontrar com Kohler, às 11 horas do próximo sábado (7) no antigo Comitê de Campanha em São Paulo.

As afirmações do chanceler foram feitas hoje antes da segunda rodada de negociações que estão sendo realizadas de hoje até amanhã no Itamaraty, durante a XXIII Reunião do Conselho do Mercado Comum (Mercosul).