Brasília, 5/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - Especialistas em reabilitação de sítios históricos do Brasil, Portugal, Argentina e Cuba estão reunidos no Carlton Hotel, em Brasília, para debater experiências e novas formas de ação, que envolvam instituições e comunidade, na tarefa de preservação do patrimônio histórico e cultural. "A consolidação de novas formas de atuação para o desenvolvimento da tarefa preservacionista no país é uma exigência dos tempos atuais. No caso dos sítios históricos, a sua reabilitação urbana emerge como uma diretriz e ao mesmo tempo um procedimento a ser adotado pelos seus gestores", disse o coordenador do grupo de trabalho Iphan, Marco Antônio Galvão.
Temas como a aplicação do Estatuto da Cidade e a necessidade de planejamento urbano a médio e longo prazo, também foram abordados. O Estatuto da Cidade tem por finalidade promover o planejamento urbano de forma sustentável, tendo como objetivos principais a qualidade de vida das pessoas que moram em aglomerados urbanos e em cidades com mais de 20.000 habitantes, bem como busca a proteção ambiental como forma de melhorar esta qualidade de vida. Os aglomerados urbanos irregulares têm no Estatuto da Cidade uma forma legal de regularização.
"A implantação e o conhecimento do Estatuto da Cidade interessa sobremaneira tanto ao administrador público como ao investidor, pois haverá um conseqüente novo mercado imobiliário a partir de sua implantação", afirmou o coordenador do Urbis/Iphan, Marcelo Brito.
"No Brasil, apesar das tentativas realizadas ao longo das últimas três décadas, da busca de formas mais adequadas para a preservação desse patrimônio, reconhece-se, cada vez mais, a urgência quanto à articulação da política cultural às demais políticas setoriais que incidem sobre as cidades como as políticas de desenvolvimento urbano, do meio ambiente, da educação, do turismo, e é para isso que estamos aqui, disse Antônio Galvão.