Brasília, 4/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - Os ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais dos países do Mercosul, Chile e Bolívia decidiram, em reunião realizada nesta quarta-feira, prorrogar de 2002 para 2006 o prazo para estabelecer a inflação máxima em 5%, conforme determina a Declaração de Florianópolis, assinada pelos presidentes dos países da região, em dezembro de 2002. A decisão teve como base o ambiente econômico internacional deste ano, que influenciou as economias em desenvolvimento.
"A aversão ao risco e as baixas taxas de crescimento das economias desenvolvidas repercutiram nos países do Mercosul", comentou o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Marcos Caramuru. Ele disse ainda que, embora a meta estabelecida não seja factível para 2002, os ministros de Fazenda entenderam que o compromisso com a trajetória de declínio da inflação e com o resultado de 6% deve ser mantido. Por isso, a prazo foi estendido. "Essa convergência aumenta o grau de previsibilidade das economias e, com isso, cria-se um espaço mais favorável para investimentos, negócios e exportações".
Os demais compromissos assumidos em Florianópolis foram mantidos na reunião de hoje. Os países continuarão buscando reduzir o déficit fiscal nominal (considerando o pagamento dos juros da dívida) para pelo menos 3% do Produto Interno Bruto (PIB) ainda este ano. Um outro compromisso é o de reduzir a relação dívida/PIB para 40% em dez anos.
A reunião de hoje foi preparatória à reunião de cúpula do Mercosul, que será realizada amanhã e sexta-feira (6).