Amaral assina em Pequim a criação da joint-venture Embraer-Avic 2

01/12/2002 - 7h48

Brasília, 1/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, participa amanhã (2), em Pequim, na China, da assinatura da joint-venture entre a Embraer e a sua congênere chinesa, Avic 2. O acordo vai resultar na fabricação de 40 aeronaves, no estágio inicial, do modelo ERJ-145. "Essa associação abre às duas empresas um importante mercado num grande campo de cooperação. Este passo é muito importante e mostra com muita clareza que os dois países estão envolvidos numa cooperação estratégica", disse o ministro, em São Paulo, durante a cerimônia de instalação do Conselho Empresarial Brasil/China.

A construção de uma fábrica na China, depois de dois anos de negociações, reduzirá os custos da Embraer e trará competitividade à empresa. Hoje, a carga tributária sobre a importação de aviões comerciais regionais, a exemplo do ERJ-145, encarece em até 24% o custo de importação, tornando o jato brasileiro economicamente inviável ao mercado chinês.

A China é considerada um dos mais promissores mercados para a aviação comercial atualmente, com potencial comparável ao dos Estados Unidos, que hoje são responsáveis por 65% das vendas de jatos regionais da Embraer. A empresa estima que o mercado chinês será responsável pela compra de 400 jatos regionais nos próximos dez anos.

Sergio Amaral considera aquele mercado um exemplo estratégico que pode ser seguido pelo Brasil. "Eu tenho dito que a China é uma referência ao Brasil na abertura de sua economia e na competitividade de seus produtos. Eu fico satisfeito de ver que essas relações se consolidam e sinalizam promissores caminhos para nossos países", afirmou.

O ministro manifestou ainda o interesse em outras áreas consideradas importantes para o desenvolvimento de um futuro acordo de livre comércio entre os dois países. "Oferecemos ao governo chinês algumas sugestões para começarmos a conversar sobre um acordo de comércio no futuro, ao mesmo tempo em que nós estamos ampliando os nossos entendimentos para um grande número de novos setores, como o álcool e o setor automobilístico", anunciou Amaral.

O Conselho Empresarial Brasil/China foi criado para fortalecer as relações entre os empresários dos dois países e promover um maior intercâmbio comercial. Pelo lado brasileiro, treze empresários, de diversos setores, estarão representando os interesses nacionais. Pelo lado chinês, serão 17.