Brasília, 2 (Agência Brasil - ABr) - A cota de negros que devem ser contratos por empresas terceirizadas este ano no Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) subiu de 20% para 30%, informou a coordenadora do Programa de Ações Afirmativas do MDA, Lenita Norman, em entrevista à Rádio Nacional da Amazônia.
Ela disse que as medidas tem o objetivo também de igualar as diferenças entre homens e mulheres. "Até o ano que vem, 30% dos cargos de direção do ministério devem ser ocupados por mulheres", afirmou Norman.
As empresas que prestam esse tipo de serviço terão seis meses para se adequarem à nova medida. "O ministério só fará contratos com empresas tenham ações afirmativas", disse a coordenadora.
De acordo com dados do ministério, as mulheres representam 50,7% da população brasileira e constituem 49,8% do eleitorado. Elas totalizam 40,1% da população economicamente ativa, recebendo em média 60% dos rendimentos dos homens, no Brasil e no mundo.
Lenita Norman ressaltou que é necessário equilibrar o quadro de funcionários das empresas tanto públicas como privadas, promovendo a igualdade de tratamento, pois no mercado de trabalho, os homens brancos representam maioria, seguidos das mulheres brancas, dos homens negros e das mulheres negras. (Heloísa Cristaldo/Thaís Martins)