Brasília, 1 (Agência Brasil - ABr) - O movimento ambientalista Greenpeace informou hoje que sete de seus membros se acorrentaram ontem ao navio MV Enif, no Porto de Hamburgo, Alemanha, para protestar contra o carregamento de mogno extraído ilegalmente na Amazônia Brasileira. Eles estenderam uma faixa com a mensagem: "Salve as florestas antigas", enquanto outros 12 ativistas participavam do protesto dentro da água.

Segundo a instituição, cerca de 300 metros cúbicos de mogno retirados ilegalmente da floresta amazônica estavam a bordo do MV Enif. Desde outubro de 2001, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) suspendeu, através da Instrução Normativa 17 (IN 17), o comércio de mogno, em virtude das denúncias de exploração ilegal de madeira em terras indígenas e áreas públicas no Brasil. "Este mogno é proveniente de um das últimas áreas intactas de floresta no Brasil, que também se constitui no habitat natural de animais como a onça e a preguiça", disse Gerd Leipold, diretor- executivo do Greenpeace Internacional, que também participou do protesto. "Além disso, há um sério questionamento sobre a legalidade da exportação deste mogno, que acontece depois da suspensão do corte, transporte e comércio da espécie vigente no Brasil desde de dezembro do ano passado".