Brasília, 1º (Agência Brasil - ABr) - - O fim do racionamento não significou aumento do consumo de energia, informou hoje o ministro de Minas e Energia, José Jorge, baseado em números fornecidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico, Mário Santos. José Jorge informou que recebeu um balanço da energia consumida pela população até às 13h desta sexta-feira, indicando que nas regiões Sudeste e Centro-Oeste houve redução de até 50 megawatts em relação a sexta-feira passada, neste mesmo período. No Nordeste, a redução foi de 26 megawatts.
Na projeção de consumo anual feita pelo ministro, haverá em 2002 uma redução de 7% em média. Segundo informou, o aumento anual de consumo de 4% em relação a anos anteriores não irá se confirmar devido, sobretudo, ao aprendizado absorvido pela população durante a crise de que não é mais possível desperdiçar energia. "A previsão é de que o consumo que seria de 28.000 megawatts, seja reduzido para 21.000", afirmou.
O ministro informou também que a situação dos reservatórios de água das hidrelétricas "é bastante satisfatória". Ele explicou que a curva de segurança superior está em torno de 9% para a Região Sudeste e de 7% para o Nordeste. "Esperamos ter 70% da capacidade dos reservatórios no final de março, de maneira que podemos garantir já que esse ano e o próximo ano serão tranqüilos em relação ao abastecimento de energia elétrica no Brasil", completou.
O ministro anunciou ainda que o governo está estudando a possibilidade de que a população não pague sozinha o encargo de capacidade emergencial de energia que, a partir de hoje, está incidindo na conta de todos, com exceção do consumidor de baixa renda. De acordo com José Jorge, a taxa paga anualmente pelas concessionárias de energia pela exploração do mercado viria amenizar esta sobretaxa. Ele acrescentou que essa resolução só seria possível a partir de abril.