crise carcerária https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/181413/all pt-br Homem queimado em ataque no Maranhão pode ser transferido para centro especializado https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-13/homem-queimado-em-ataque-no-maranhao-pode-ser-transferido-para-centro-especializado <p style="margin-bottom: 0cm"><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p style="margin-bottom: 0cm">Andreia Verd&eacute;lio<br /> <i>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</i></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; O paciente M&aacute;rcio Ronny da Cruz, de 37 anos, v&iacute;tima do ataque a &ocirc;nibus em S&atilde;o Lu&iacute;s, dever&aacute; ser transferido para o Hospital de Queimaduras de Goi&acirc;nia, unidade de refer&ecirc;ncia no tratamento de queimados, assim que melhorar a condi&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica. Atualmente, ele est&aacute; internado na UTI do Hospital Geral de Goi&acirc;nia Alberto Rassi (HGG).</p> <p> Segundo a assessoria do HGG, M&aacute;rcio passou pelo segundo desbridamento na manh&atilde; de hoje (13), um procedimento cir&uacute;rgico para retirada de pele morta do paciente queimado. Ele segue sedado e respirando com a ajuda de aparelhos. Seu estado de sa&uacute;de &eacute; grave, por&eacute;m est&aacute;vel. Outros procedimentos de limpeza da pele ainda devem ocorrer.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">N&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o para a data da transfer&ecirc;ncia porque, segundo a assessoria do HGG, ela s&oacute; deve ocorrer quando M&aacute;rcio tiver melhores condi&ccedil;&otilde;es cl&iacute;nicas. No Hospital de Queimaduras ser&atilde;o realizados os procedimentos pl&aacute;sticos e de enxerto, a segunda fase de tratamento do chamado paciente grande queimado.</p> <p> A paciente Juliane Carvalho Santos, que est&aacute; internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Bras&iacute;lia, tamb&eacute;m passou por mais um desbridamento na manh&atilde; de hoje. Seu estado cl&iacute;nico est&aacute; est&aacute;vel e ainda &eacute; considerado grave, por&eacute;m houve melhora no quadro respirat&oacute;rio, segundo informa a Secretaria de Sa&uacute;de do Distrito Federal.</p> <p> Juliane &eacute; m&atilde;e de Ana Clara, de seis anos, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-06/morre-menina-queimada-durante-ataques-onibus-em-sao-luis" target="_blank"><span style="text-decoration: none">que morreu em decorr&ecirc;ncia das queimaduras</span></a>. A filha mais nova de Juliane, Lorrane Beatriz, de 1 ano e 5 meses, continua internada no Hospital Estadual Infantil Juv&ecirc;ncio Matos, em S&atilde;o Lu&iacute;s, e suas feridas est&atilde;o cicatrizando bem. Segundo as informa&ccedil;&otilde;es da Secretaria de Sa&uacute;de do Maranh&atilde;o, ela recebeu curativo cir&uacute;rgico na manh&atilde; de hoje e outro est&aacute; programado para quarta-feira (15), quando a crian&ccedil;a poder&aacute; ser liberada.</p> <p> M&atilde;e e filhas estavam no &ocirc;nibus que foi incendiado na Vila Sarney Filho, em S&atilde;o Lu&iacute;s. Na avalia&ccedil;&atilde;o das autoridades maranhenses, os ataques foram uma rea&ccedil;&atilde;o &agrave;s medidas adotadas para combater a criminalidade nas unidades prisionais da capital. A situa&ccedil;&atilde;o do sistema penitenci&aacute;rio do Maranh&atilde;o <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-12/crise-no-maranhao-impoe-agenda-cheia-ao-governo-do-estado" target="_blank"><span style="text-decoration: none">mobiliz</span><span style="text-decoration: none">a</span><span style="text-decoration: none"> os governos estadual e federal, </span><span style="text-decoration: none">parlamentares</span><span style="text-decoration: none"> e entidades da sociedade civil, seguran&ccedil;a </span><span style="text-decoration: none">p&uacute;blica </span><span style="text-decoration: none">e direitos humanos</span></a>.</p> <p> Outra v&iacute;tima do ataque ao &ocirc;nibus, Abyancy Silva Santos, est&aacute; internada no Hospital Geral do Maranh&atilde;o Tarquinio Lopes Filho e recebe curativo cir&uacute;rgico amanh&atilde;. Segundo a Secretaria de Sa&uacute;de do estado, ap&oacute;s o procedimento, os m&eacute;dicos devem avaliar a possibilidade de alta da paciente.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em><span style="font-weight: normal">Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </span></em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> ataque a ônibus ataque no Maranhão crise carcerária crise no Maranhão Hospital de Queimaduras Nacional segurança pública situação das vítimas vítimas de queimadura Mon, 13 Jan 2014 14:28:38 +0000 davi.oliveira 738142 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Em meio à crise na segurança, governo do Maranhão suspende licitação que inclui compra de lagosta https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-09/em-meio-crise-na-seguranca-governo-do-maranhao-suspende-licitacao-que-inclui-compra-de-lagosta <p style="margin-bottom: 0cm"><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p style="margin-bottom: 0cm">Ivan Richard<br /> <i>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</i></p> <p> Bras&iacute;lia - O governo do Maranh&atilde;o decidiu hoje (9) suspender duas licita&ccedil;&otilde;es, marcadas inicialmente para esta quinta-feira e amanh&atilde; (10), para contrata&ccedil;&atilde;o de empresas que forneceriam g&ecirc;neros aliment&iacute;cios &ldquo;perec&iacute;veis&rdquo; e &ldquo;n&atilde;o perec&iacute;veis&rdquo;. Entre os itens, est&atilde;o 80 quilos de lagosta fresca, 800 quilos de camar&atilde;o fresco grande, 750 quilos de patinha de caranguejo, 100 unidades de barras de chocolate e 30 quilos de castanhas portuguesas &ldquo;de primeira qualidade&rdquo;.</p> <p> Nas duas licita&ccedil;&otilde;es, seriam gastos mais de R$ 1,1 milh&atilde;o em alimentos para abastecer, por um ano, a resid&ecirc;ncia oficial da governadora Roseana Sarney e ainda a casa de veraneio do governo, tamb&eacute;m na capital do estado.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Na nota em que informou a decis&atilde;o, a Secretaria de Comunica&ccedil;&atilde;o n&atilde;o justificou o motivo do cancelamento, explicando apenas que a comiss&atilde;o de licita&ccedil;&atilde;o &ldquo;solicitou revis&atilde;o no termo de referenciamento&rdquo; (ou termo de refer&ecirc;ncia, que especifica o objeto de compra, prazos e forma de entrega, entre outros dados). Ainda segundo o comunicado, o &ldquo;rito processual segue conforme estabelece a Lei de Licita&ccedil;&otilde;es&rdquo;.</p> <p> A licita&ccedil;&atilde;o para compra de alimentos de &ldquo;primeira qualidade&rdquo; para as sedes do governo local ocorre em meio a uma crise no sistema de seguran&ccedil;a p&uacute;blica no estado e &agrave; possibilidade de pedido de interven&ccedil;&atilde;o federal nos pres&iacute;dios maranhenses pela Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica. Desde outubro do ano passado, agentes da For&ccedil;a Nacional de Seguran&ccedil;a j&aacute; atuam no maior pres&iacute;dio do estado, o Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas.</p> <p> Segundo autoridades estaduais, partiu de dentro desse complexo a ordem para os ataques a &ocirc;nibus e delegacias de pol&iacute;cia ocorridos na noite da &uacute;ltima sexta-feira (3). A a&ccedil;&atilde;o foi uma resposta dos criminosos &agrave;s mudan&ccedil;as impostas pela Pol&iacute;cia Militar e pela For&ccedil;a Nacional de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica no interior do pres&iacute;dio, onde, segundo o Conselho Nacional de Justi&ccedil;a (CNJ), ao menos 60 presos foram assassinados em 2013. Este ano, dois detentos foram mortos no local.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em><span style="font-weight: normal">Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </span></em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> camarão compra de alimentos crise carcerária crise da segurança lagosta licitação Maranhão Nacional roseana sarney Thu, 09 Jan 2014 15:19:09 +0000 davi.oliveira 737968 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Polícia do Maranhão faz patrulhamento nos corredores de ônibus para impedir ataques https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-09/policia-do-maranhao-faz-patrulhamento-nos-corredores-de-onibus-para-impedir-ataques <p style="margin-bottom: 0cm"><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p style="margin-bottom: 0cm">Andreia Verd&eacute;lio<br /> <i>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</i></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; A Pol&iacute;cia Militar do Maranh&atilde;o est&aacute; executando na capital do estado, S&atilde;o Lu&iacute;s, a Opera&ccedil;&atilde;o Transporte Coletivo Seguro, como resposta &agrave; a&ccedil;&atilde;o de criminosos que incendiaram quatro &ocirc;nibus na &uacute;ltima sexta-feira (3). Segundo o comandante do Policiamento Metropolitano, tenente-coronel Marco Ant&ocirc;nio Alves, seis viaturas est&atilde;o sendo preparadas especificamente para atender &agrave; opera&ccedil;&atilde;o.</p> <p> &ldquo;Ap&oacute;s os acontecimentos, consolidamos um planejamento e temos policiais nos principais corredores de &ocirc;nibus, tanto embarcados quanto na fiscaliza&ccedil;&atilde;o dos ve&iacute;culos&rdquo;, disse o coronel Alves. Ele explicou que o sindicato da categoria dos transportes tamb&eacute;m indicou pontos em &aacute;reas mais violentas, al&eacute;m do uso das estat&iacute;sticas da pr&oacute;pria Pol&iacute;cia Militar.</p> <p> Sobre o apoio da For&ccedil;a Nacional para conter a onda de viol&ecirc;ncia no estado, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-07/ministerio-publico-estadual-quer-reforco-da-forca-nacional-nas-ruas-de-sao-luis" target="_blank"><span style="text-decoration: none">cujo refor&ccedil;o do efetivo foi defendido pelo Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Maranh&atilde;o</span></a>, o coronel Alves disse que a Pol&iacute;cia Militar trabalha com planejamento e que tem alcan&ccedil;ado as metas. &ldquo;N&atilde;o podemos entender a quest&atilde;o da seguran&ccedil;a como da pol&iacute;cia A ou B, mas temos um efetivo que &eacute; compat&iacute;vel para atender &agrave; demanda e a PM tem alcan&ccedil;ado seus objetivos, de acordo com sua miss&atilde;o&rdquo;.</p> <p> Na &uacute;ltima segunda-feira (6), o Sindicato dos Revendedores de Combust&iacute;veis do Maranh&atilde;o emitiu nota orientando os donos de postos em todo o estado, notadamente na regi&atilde;o metropolitana de S&atilde;o Lu&iacute;s, que suspendessem a venda de combust&iacute;veis a granel.</p> <p> Segundo o presidente da institui&ccedil;&atilde;o, Orlando Santos, o sindicato n&atilde;o pode proibir a venda, mas, em comum acordo com o comando da PM, a orienta&ccedil;&atilde;o foi enviada para dificultar o acesso &agrave; gasolina. &ldquo;&Eacute; uma medida preventiva, que j&aacute; gerou uma certa tranquilidade na popula&ccedil;&atilde;o e nos revendedores&rdquo;, argumenta.</p> <p> A medida &eacute; emergencial e ser&aacute; adotada por tempo indeterminado, at&eacute; que os propriet&aacute;rios de postos de combust&iacute;veis se sintam seguros novamente. Para o tenente-coronel Alves, a seguran&ccedil;a p&uacute;blica n&atilde;o &eacute; responsabilidade exclusiva dos &oacute;rg&atilde;os de seguran&ccedil;a: &ldquo;A medida ajuda e &eacute; dessa forma que entendemos, cada um fazendo a sua parte&rdquo;, explicou. Ainda segundo ele, &ldquo;os postos agora est&atilde;o dando provimento a uma medida que &eacute; nacional&rdquo;.</p> <p> &ldquo;Esse quadro de crise no sistema penitenci&aacute;rio est&aacute; instalado em todo o Brasil, n&atilde;o estamos falando de um caso isolado do Maranh&atilde;o. E a resposta precisa englobar todas as institui&ccedil;&otilde;es, n&atilde;o s&oacute; os &oacute;rg&atilde;os de seguran&ccedil;a, &eacute; uma mobiliza&ccedil;&atilde;o nacional e n&atilde;o podemos admitir que determinados segmentos fiquem afastados do processo&rdquo;, disse o coronel Alves.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Em 2007, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-08/cpi-do-sistema-carcerario-identificou-problemas-do-maranhao-em-2008" target="_blank"><span style="text-decoration: none">a C&acirc;mara dos Deputados investigou, por meio de comiss&atilde;o parlamentar de inqu&eacute;rito (CPI), o sistema carcer&aacute;rio nacional</span></a>, dando especial aten&ccedil;&atilde;o para os problemas que existiam nas pris&otilde;es do Maranh&atilde;o. No cap&iacute;tulo dedicado ao estado, a CPI informou no relat&oacute;rio final dos trabalhos, divulgado no ano seguinte, que o estado tinha 5.258 presos para apenas 1.716 vagas, com d&eacute;ficit de 3.542 lugares.</p> <p> Sobre as v&iacute;timas do inc&ecirc;ndio ao &ocirc;nibus na Vila Sarney Filho, a Secretaria de Sa&uacute;de informou que o paciente M&aacute;rcio da Cruz Nunes, de 37 anos, que teve 72% do corpo queimados, continua em estado grave, sedado e respirando com a ajuda de aparelhos. Ele foi transferido ontem em UTI a&eacute;rea para o Centro de Refer&ecirc;ncia de Queimados, em Goi&acirc;nia.</p> <p> A paciente Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, m&atilde;e da menina Ana Clara, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-06/morre-menina-queimada-durante-ataques-onibus-em-sao-luis" target="_blank"><span style="text-decoration: none">que n&atilde;o resistiu &agrave;s queimaduras e morreu na segunda-feira (6)</span></a>, est&aacute; sendo acompanhada e n&atilde;o corre risco de morte. Ela dever&aacute; ser transferida ainda hoje em UTI a&eacute;rea para Bras&iacute;lia, a pedido da fam&iacute;lia.</p> <p> Abyancy Silva Santos, de 35 anos, continua internada, mas deve receber alta at&eacute; o final de semana. Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, irm&atilde; de Ana Clara, continua internada no Hospital Infantil Estadual Juv&ecirc;ncio Matos, mas passa bem e, assim como Abyancy, deve receber alta na pr&oacute;xima semana.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em><span style="font-weight: normal">Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </span></em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> ações de segurança Ataques a ônibus combustível crise carcerária crise no Maranhão Força Nacional mortes Nacional Operação Transporte Coletivo Seguro polícia militar São Luís venda de gasolina Thu, 09 Jan 2014 14:33:29 +0000 davi.oliveira 737962 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ CPI do Sistema Carcerário identificou problemas do Maranhão em 2008 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-08/cpi-do-sistema-carcerario-identificou-problemas-do-maranhao-em-2008 <p style="margin-bottom: 0cm"><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p style="margin-bottom: 0cm">Ivan Richard<br /> <i>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</i></p> <p> Bras&iacute;lia - Centro da atual crise de seguran&ccedil;a p&uacute;blica que vive o Maranh&atilde;o, o sistema penitenci&aacute;rio do estado enfrenta problemas que foram diagnosticados h&aacute;, pelo menos, meia d&eacute;cada, pela Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI) do Sistema Carcer&aacute;rio, que funcionou na C&acirc;mara dos Deputados. Superlota&ccedil;&atilde;o, instala&ccedil;&otilde;es inadequadas, falta de higiene, defici&ecirc;ncia na vigil&acirc;ncia e d&eacute;ficit de defensores p&uacute;blicos foram apontados como algumas das causas da crise no setor.</p> <p> Criada em 2007, a CPI percorreu os 26 estados mais o Distrito Federal e tra&ccedil;ou um diagn&oacute;stico do sistema prisional do pa&iacute;s. No cap&iacute;tulo dedicado ao Maranh&atilde;o, a CPI informou que, em 2008, quando foi aprovado o relat&oacute;rio final dos trabalhos, o estado tinha 5.258 presos para apenas 1.716 vagas, com d&eacute;ficit de 3.542 lugares.</p> <p> A falta de a&ccedil;&otilde;es concretas para mudar esse quadro culminou nos problemas enfrentados nas &uacute;ltimas semanas pelo Maranh&atilde;o e, em especial, pela capital S&atilde;o Lu&iacute;s. Segundo autoridades estaduais, partiu de dentro do Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas, o maior do estado, a ordem para os ataques a &ocirc;nibus e delegacias de pol&iacute;cia ocorridos na noite da &uacute;ltima sexta-feira (3).</p> <p> A a&ccedil;&atilde;o foi uma resposta dos criminosos &agrave;s mudan&ccedil;as impostas pela Pol&iacute;cia Militar e pela For&ccedil;a Nacional de Seguran&ccedil;a no interior do pres&iacute;dio onde, segundo o Conselho Nacional de Justi&ccedil;a (CNJ), ao menos 60 presos foram assassinados em 2013. Neste ano, dois detentos foram mortos.</p> <p> &ldquo;O que ocorre hoje &eacute; o que chamo de trag&eacute;dia anunciada. O governo n&atilde;o tomou as provid&ecirc;ncias que a CPI recomendou, e agora o neg&oacute;cio explodiu&rdquo;, disse &agrave; <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b> o deputado Domingos Dutra (SDD-MA), que foi relator da CPI. &ldquo;O sistema est&aacute; apodrecido. Est&atilde;o misturados presos que cometeram homic&iacute;dio no interior [do estado], com chefes de tr&aacute;fico e quadrilha da capital. Est&atilde;o misturando toda a esp&eacute;cie de criminosos em um caldeir&atilde;o. Presos jovens com mais velhos, violentos com ladr&otilde;es de galinha, s&oacute; pode dar nisso&rdquo;, acrescentou Dutra.</p> <p> Em fevereiro de 2008, a CPI esteve no Maranh&atilde;o e fez dilig&ecirc;ncias na Penitenci&aacute;ria de Pedrinha, na Central de Cust&oacute;dia de Presos de Justi&ccedil;a (CCPJ), na Casa de Deten&ccedil;&atilde;o Masculina e na Delegacia Especial de Pa&ccedil;o do Lumiar, para mulheres. Em todos os locais, a mesma realidade: superlota&ccedil;&atilde;o e condi&ccedil;&otilde;es desumanas. &ldquo;O local &eacute; um horror: sujo, f&eacute;tido, insalubre&rdquo;, diz trecho do relato sobre o Centro de Cust&oacute;dia, localizado no bairro do Anil.</p> <p> Sobre Pedrinhas, a CPI disse que &ldquo;v&aacute;rios internos apresentaram marcas de espancamentos, denunciando pr&aacute;ticas constantes de tortura&rdquo;. Al&eacute;m disso, relatou que a unidade &eacute; antiga e &ldquo;inadequada&rdquo; e que o pr&eacute;dio &eacute; &ldquo;velho&rdquo; e em manuten&ccedil;&atilde;o. &ldquo;As paredes s&atilde;o sujas, os corredores escuros e h&aacute; lixo em abund&acirc;ncia. Doentes presos com HIV e tuberculose em celas coletivas revelam aus&ecirc;ncia de assist&ecirc;ncia m&eacute;dica&rdquo;, diz trecho do relat&oacute;rio final do colegiado.</p> <p> De l&aacute; pra c&aacute;, quase nada mudou, ressalta Dutra. &ldquo;No Maranh&atilde;o, 98% dos presos n&atilde;o trabalham e n&atilde;o estudam. A superlota&ccedil;&atilde;o &eacute; muito grande. A mistura de presos &eacute; absurda. S&oacute; tirar os l&iacute;deres para outros pres&iacute;dios n&atilde;o resolve o problema&rdquo;, disse. Al&eacute;m disso, acrescentou Dutra, o governo estadual deveria investir na ressocializa&ccedil;&atilde;o dos detentos.</p> <p> Para o relator da CPI do Sistema Carcer&aacute;rio, as disputas pol&iacute;ticas no estado e a proximidade com as elei&ccedil;&otilde;es t&ecirc;m dificultado a implementa&ccedil;&atilde;o de medidas necess&aacute;rias. Na avalia&ccedil;&atilde;o de Dutra, que sempre fez oposi&ccedil;&atilde;o &agrave; governadora Roseana Sarney, h&aacute; a necessidade de &ldquo;normaliza&ccedil;&atilde;o do estado pol&iacute;tico&rdquo; local.</p> <p> A reportagem tentou contato, por telefone, com a Secretaria de Comunica&ccedil;&atilde;o do governo do Maranh&atilde;o, mas n&atilde;o obteve retorno at&eacute; a publica&ccedil;&atilde;o da mat&eacute;ria. <a href="http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/parlamentar-de-inquerito/53a-legislatura-encerradas/cpicarce/53a-legislatura-encerradas/cpicarce/Relatorio%20Final%20-%20150908.pdf" target="_blank">O relat&oacute;rio final da CPI est&aacute; dispon&iacute;vel na internet</a>.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em><span style="font-weight: normal">Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </span></em><b><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></b></p> avaliação da CPI câmara dos deputados CPI do Sistema Carcerário crise carcerária diagnóstico da crise Maranhão Nacional relatório final situação do Maranhão Wed, 08 Jan 2014 15:51:09 +0000 davi.oliveira 737894 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ ONU pede ação imediata para restabelecer a ordem no Maranhão https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-08/onu-pede-acao-imediata-para-restabelecer-ordem-no-maranhao <p style="margin-bottom: 0cm"><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/2014/Banners e Selos/violencia-no-maranhao-banner.png" style="width: 730px; height: 150px;" /></p> <p style="margin-bottom: 0cm">Carolina Sarres<br /> <i>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil </i></p> <p> Bras&iacute;lia - O Alto Comissariado das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para os Direitos Humanos pediu hoje (8) que as autoridades brasileiras tomem a&ccedil;&otilde;es imediatas para restabelecer a ordem no Complexo Penitenci&aacute;rio de Pedrinhas, na capital do Maranh&atilde;o, S&atilde;o Lu&iacute;s, que <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-10-10/governo-do-maranhao-confirma-ao-menos-nove-mortos-e-20-feridos-em-rebeliao" target="_blank"><span style="text-decoration: none">tem passado por crise carcer&aacute;ria </span><span style="text-decoration: none">desde o ano passado</span></a>, e que foi intensificada nas &uacute;ltimas semanas.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">De acordo com o &oacute;rg&atilde;o, &eacute; lament&aacute;vel ter de expressar preocupa&ccedil;&atilde;o com o &quot;terr&iacute;vel&quot; estado das pris&otilde;es no Brasil. Em nota, o Alto Comissariado recomenda a redu&ccedil;&atilde;o da superlota&ccedil;&atilde;o dos pres&iacute;dios brasileiros - n&atilde;o s&oacute; no Maranh&atilde;o - e o provimento de condi&ccedil;&otilde;es dignas aos detentos.</p> <p> &quot;Pedimos que as autoridades brasileiras conduzam investiga&ccedil;&otilde;es imediatas, imparciais e efetivas sobre esses eventos, processem os respons&aacute;veis e tomem as medidas apropriadas para colocar em vigor o Sistema Nacional de Preven&ccedil;&atilde;o e Combate &agrave; Tortura promulgado no ano passado&quot;, declarou o Alto Comissariado, sobre as mortes no pres&iacute;dio maranhense.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Em dezembro de 2013, a presidenta Dilma Rousseff assinou o decreto presidencial que instituiu o <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12847.htm" target="_blank"><span style="text-decoration: none">Sistema Nacional de Preven&ccedil;&atilde;o e Combate &agrave; Tortura</span></a>. No momento da assinatura, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-12/dilma-diz-que-estado-brasileiro-nao-aceita-nem-aceitara-praticas-de-tortura-contra-cidadao" target="_blank"><span style="text-decoration: none">Dilma disse que o Estado brasileiro n&atilde;o aceita nem aceitar&aacute; pr&aacute;ticas de tortura</span></a> contra qualquer cidad&atilde;o. Ontem (7), a Secretaria de Direitos Humanos da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica (SDH/PR) divulgou nota <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-07/maria-do-rosario-repudia-violencia-em-presidio-do-maranhao" target="_blank">repudiando a viol&ecirc;ncia no Maranh&atilde;o</a>.</p> <p> Nesta semana, o Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Maranh&atilde;o defendeu que o governo maranhense pe&ccedil;a <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-07/ministerio-publico-estadual-quer-reforco-da-forca-nacional-nas-ruas-de-sao-luis" target="_blank"><span style="text-decoration: none">refor&ccedil;o de for&ccedil;as federais para controlar a situa&ccedil;&atilde;o no estado</span></a>, enquanto o procurador-geral da Rep&uacute;blica, Rodrigo Janot, avalia <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-07/procurador-analisa-relatorio-para-decidir-sobre-intervencao-federal-em-presidios-maranhenses" target="_blank"><span style="text-decoration: none">se vai pedir interven&ccedil;&atilde;o do governo federal nos pres&iacute;dios maranhenses</span></a>.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Ap&oacute;s o agravamento da situa&ccedil;&atilde;o do Maranh&atilde;o, a organiza&ccedil;&atilde;o n&atilde;o governamental (ONG) Anistia Internacional tamb&eacute;m <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-07/anistia-internacional-cobra-solucao-das-autoridades-para-situacao-nos-presidios-do-maranhao" target="_blank"><span style="text-decoration: none">manifestou preocupa&ccedil;&atilde;o com a crise carcer&aacute;ria</span></a>. Hoje (8), o caso <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2014-01-08/crise-no-maranhao-repercute-na-imprensa-internacional" target="_blank"><span style="text-decoration: none">repercutiu negativamente na imprensa internacional</span></a>, que considera desumana a situa&ccedil;&atilde;o dos pres&iacute;dios brasileiros.</p> <p> <i>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em><span style="font-weight: normal">Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </span></em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos crise carcerária Internacional Maranhão onu Pedrinhas reação do governo repercussão intenacional Wed, 08 Jan 2014 14:50:59 +0000 davi.oliveira 737890 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/