linfoma não Hodgkin https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/181305/all pt-br SUS amplia uso do medicamento rituximabe para tratamento de linfoma https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2014-01-06/sus-amplia-uso-do-medicamento-rituximabe-para-tratamento-de-linfoma <p style="margin-bottom: 0cm">Fl&aacute;via Villela<br /> <i>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil </i></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; Pacientes de linfoma n&atilde;o Hodgkin de c&eacute;lulas B folicular ter&atilde;o, a partir deste ano, a op&ccedil;&atilde;o terap&ecirc;utica do anticorpo monoclonal rituximabe pelo Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) em primeira e segunda linhas (quando a doen&ccedil;a resiste ou retorna ap&oacute;s o primeiro tratamento com outro medicamento).</p> <p> O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de ampliou o uso desse medicamento, que antes era garantido apenas para o tratamento do tipo mais agressivo da doen&ccedil;a (linfoma difuso de grandes c&eacute;lulas B), que corresponde a 30% de todos os linfomas. O rituximabe &eacute; usado durante a quimioterapia porque destr&oacute;i as c&eacute;lulas defeituosas e aumenta a sobrevida dos pacientes. A doen&ccedil;a provoca a multiplica&ccedil;&atilde;o e o ac&uacute;mulo de linf&oacute;citos, principalmente nos g&acirc;nglios linf&aacute;ticos, causando dores, incha&ccedil;o e febre.</p> <p> A medida vai beneficiar cerca de 1,5 mil pessoas e o custo anual na compra do medicamento alcan&ccedil;ar&aacute; R$ 28 milh&otilde;es, com redu&ccedil;&atilde;o de R$ 10,9 milh&otilde;es na aquisi&ccedil;&atilde;o do produto, ap&oacute;s negocia&ccedil;&atilde;o do governo com o fabricante.</p> <p> O diretor da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, Carlos S&eacute;rgio Chiattone, elogiou a inciativa, mas lamentou a demora na introdu&ccedil;&atilde;o do medicamento. &ldquo;Acho merit&oacute;rio que o governo tenha introduzido o medicamento no SUS, mas o rituximabe, que &eacute; uma droga muito eficaz, &eacute; usado h&aacute; mais de uma d&eacute;cada para a expressiva maioria dos linfomas em v&aacute;rios pa&iacute;ses&rdquo;, disse o m&eacute;dico, ao comentar <a href="http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&amp;pagina=766&amp;data=30/12/2013" target="_blank">a Portaria 63, publicada no <em>Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o</em> de 30 de dezembro passado</a>, que incorpora o medicamento ao SUS.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&ldquo;Al&eacute;m disso, h&aacute; ainda um per&iacute;odo de 180 dias a partir da publica&ccedil;&atilde;o da medida [para que entre em vigor], fora todo o tempo demandado para o SUS garantir e disponibilizar a tecnologia para a popula&ccedil;&atilde;o&rdquo;, lamentou. O prazo de 180 dias &eacute; necess&aacute;rio para o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de definir a forma de compra do produto, que pode ser centralizado, sob responsabilidade do governo federal ou descentralizado, com subs&iacute;dios a estados e munic&iacute;pios.</p> <p> Chiattone explicou que o linfoma folicular &eacute; um dos subtipos mais comuns do linfoma n&atilde;o Hodgkin e representa cerca de 20% de todos os casos de linfoma. &ldquo;S&atilde;o mais de 40 tipos de linfoma e a grande revolu&ccedil;&atilde;o &eacute; associar a quimioterapia convencional a novas modalidades de tratamentos mais espec&iacute;ficas no ataque &agrave;s c&eacute;lulas cancerosas&rdquo;, disse o hematologista. Segundo ele, o rituximabe aumenta a taxa de cura em mais de 15% para os pacientes do tipo mais agressivo do linfoma n&atilde;o Hodgkin.</p> <p> Em 2012, cerca de 12 mil pessoas foram internadas em hospitais do SUS para tratamento de linfoma (custo de R$ 18,1 milh&otilde;es), sendo mais de 1,5 mil pacientes com linfoma n&atilde;o Hodgkin folicular (custo de R$ 1,6 milh&atilde;o). Em 2011, 3.737 pessoas morreram em decorr&ecirc;ncia do linfoma, 115 delas pelo tipo folicular.</p> <p> De acordo com o minist&eacute;rio, o rituximabe est&aacute; entre os dez medicamentos mais solicitados na Justi&ccedil;a e, desde 2011, o SUS atendeu a 86 processos, no valor de R$ 3 milh&otilde;es. Dados do Instituto Nacional do C&acirc;ncer (Inca) indicam que <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-15/linfoma-mata-cerca-de-4-mil-pessoas-anualmente-no-brasil-segundo-inca"><span style="text-decoration: none">10 mil pessoas desenvolve</span><span style="text-decoration: none">m</span><span style="text-decoration: none"> </span><span style="text-decoration: none">algum tipo de linforma</span><span style="text-decoration: none"> </span><span style="text-decoration: none">todos os anos no Brasil</span></a>.</p> <p> Em junho do ano passado, o minist&eacute;rio anunciou parceria para a produ&ccedil;&atilde;o de seis medicamentos biol&oacute;gicos para tratamento do c&acirc;ncer, entre eles o rituximabe. A parceria prev&ecirc; a transfer&ecirc;ncia de tecnologia para tr&ecirc;s laborat&oacute;rios p&uacute;blicos (os institutos Vital Brasil, Biomanguinhos e Butantan). Em cinco anos, eles v&atilde;o dominar a cadeia produtiva do rituximabe e passar&atilde;o a produzir o medicamento com menor custo. A expectativa &eacute; que, em cinco anos, a produ&ccedil;&atilde;o nacional do medicamento gere economia de R$ 85,3 milh&otilde;es aos cofres p&uacute;blicos.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</i></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em><span style="font-weight: normal">Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </span></em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> anticorpo monoclonal linfoma difuso de grandes células B linfoma não Hodgkin novo medicamento rituximabe Saúde sus tratamento Mon, 06 Jan 2014 18:54:30 +0000 davi.oliveira 737776 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/