participação de empresários https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/180986/all pt-br Comissão Nacional da Verdade dará ênfase a audiências públicas em 2014 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-12-29/comissao-nacional-da-verdade-dara-enfase-audiencias-publicas-em-2014 <p style="margin-bottom: 0cm">Luciano Nascimento<br /> <i>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</i></p> <p> Bras&iacute;lia - Com o prazo para encerrar os trabalhos prorrogado para dezembro de 2014, a Comiss&atilde;o Nacional da Verdade (CNV) deve repetir no pr&oacute;ximo ano procedimentos que deram mais transpar&ecirc;ncia &agrave;s suas atividades. De acordo com Rosa Cardoso, integrante da comiss&atilde;o, o primeiro trimestre de 2014 ser&aacute; marcado pelas audi&ecirc;ncias p&uacute;blicas.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&quot;N&oacute;s temos que fazer ainda algumas grandes audi&ecirc;ncias que v&atilde;o ser bastante pedag&oacute;gicas para a sociedade e que v&atilde;o nos possibilitar fazer relatos bastante minuciosos,&quot; disse Rosa &agrave; <b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b>. &ldquo;No m&ecirc;s de mar&ccedil;o, teremos ainda v&aacute;rias atividades repensando o golpe de 64&quot;, destacou.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Entre os temas que ser&atilde;o tratados durante as audi&ecirc;ncias que j&aacute; foram agendadas est&atilde;o a Casa da Morte, em Petr&oacute;polis; o Caso Riocentro; a Guerrilha do Araguaia; e a participa&ccedil;&atilde;o de empres&aacute;rios no financiamento de opera&ccedil;&otilde;es de repress&atilde;o da ditadura.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">A Casa da Morte &eacute; o nome pelo qual ficou conhecido um centro clandestino de tortura, criado pelos &oacute;rg&atilde;os de repress&atilde;o da ditadura militar brasileira em Petr&oacute;polis (RJ). O local s&oacute; se tornou conhecido devido &agrave;s den&uacute;ncias da militante comunista In&ecirc;s Etienne Romeu, &uacute;nica sobrevivente do local.</p> <p> A expectativa &eacute; que a fase das investiga&ccedil;&otilde;es termine no segundo trimestre do ano que vem. Mas a comiss&atilde;o n&atilde;o descarta a possibilidade de tomar mais depoimentos at&eacute; novembro. O trabalho tamb&eacute;m deve incluir audi&ecirc;ncias p&uacute;blicas para definir as recomenda&ccedil;&otilde;es no relat&oacute;rio final do colegiado.</p> <p> &quot;N&oacute;s trabalhamos muito nos grupos, fizemos essas audi&ecirc;ncias, colhemos muitos depoimentos e, antes de terminar este ano, come&ccedil;amos a trabalhar no nosso relat&oacute;rio. Esse relat&oacute;rio, n&oacute;s j&aacute; discutimos qual &eacute; o foco dele. Ele &eacute; uma hist&oacute;ria da viol&ecirc;ncia dos agentes p&uacute;blicos brasileiros, no per&iacute;odo de 46 a 88&quot;, pontuou. A CNV est&aacute; dividida, no entanto, <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-16/recomendacao-sobre-lei-de-anistia-divide-integrantes-da-comissao-nacional-da-verdade" target="_blank"><span style="text-decoration: none">sobre a inclus&atilde;o no relat&oacute;rio de um pedido de</span><span style="text-decoration: none"> revis&atilde;o da Lei d</span><span style="text-decoration: none">e</span><span style="text-decoration: none"> Anistia</span></a>.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Al&eacute;m das audi&ecirc;ncias, a comiss&atilde;o tamb&eacute;m vai refor&ccedil;ar o trabalho de visita e investiga&ccedil;&atilde;o nos principais centros de tortura no pa&iacute;s. A legisla&ccedil;&atilde;o que criou a CNV prev&ecirc; a identifica&ccedil;&atilde;o dos locais relacionados &agrave; pr&aacute;tica de viola&ccedil;&otilde;es de direitos humanos. &quot;N&oacute;s estamos fazendo visitas aos principais centros de tortura e n&oacute;s vamos, provavelmente em rela&ccedil;&atilde;o a algum deles, recomendar que se tornem memoriais, museus, estabelecer alguma atividade relacionada &agrave; expans&atilde;o da democracia&quot; disse Rosa.</p> <p> Os integrantes querem ainda que os trabalhos da comiss&atilde;o continuem, mesmo ap&oacute;s o prazo final de atua&ccedil;&atilde;o, prorrogado para dezembro de 2014 pela presidenta Dilma Rousseff. A inten&ccedil;&atilde;o &eacute; fazer da CNV uma esp&eacute;cie de &ldquo;projeto mem&oacute;ria&rdquo; permanente, a exemplo do que j&aacute; ocorreu com outras comiss&otilde;es da verdade, como no Uruguai e na &Aacute;frica do Sul.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Em uma das audi&ecirc;ncias mais importantes de 2013, os integrantes da CNV ouviram o coronel reformado do Ex&eacute;rcito Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de assassinato, tortura e sequestro durante o per&iacute;odo em que comandou o Destacamento de Opera&ccedil;&otilde;es de Informa&ccedil;&otilde;es - Centro de Opera&ccedil;&otilde;es de Defesa Interna do 2&ordm; Ex&eacute;rcito em S&atilde;o Paulo (DOI-Codi-SP), entre 1970 e 1974.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">A audi&ecirc;ncia de Ustra foi uma das quase 100 feitas pela CNV desde o in&iacute;cio dos trabalhos, em maio de 2012. Boa parte foi feita conjuntamente com outras comiss&otilde;es da Verdade, como as de S&atilde;o Paulo e do Rio de Janeiro. De acordo com Rosa Cardoso, al&eacute;m de servir para colher informa&ccedil;&otilde;es, as audi&ecirc;ncias p&uacute;blicas contribuem para que a sociedade tenha dimens&atilde;o dos atos praticados pela ditadura.</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><i>Edi&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</i></p> <p><em><span style="font-weight: normal">Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias, &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </span></em><strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> audiências públicas balanço casa da morte Comissão Nacional da Verdade como foi em 2013 como será em 2014 depoimentos em 2014 participação de empresários Política Sun, 29 Dec 2013 14:23:48 +0000 davi.oliveira 737442 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/