líder seringueiro https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/180623/all pt-br Fazendeiros subestimaram repercussão da morte de Chico Mendes https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-12-20/fazendeiros-subestimaram-repercussao-da-morte-de-chico-mendes <p><a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/grande-reportagem/2013-12-20/heranca-de-chico-mendes"><img alt="" src="http://agenciabrasil.ebc.com.br/ckfinder/userfiles/images/Banners%20e%20selos/banner_chico02.jpg" /></a></p> <p>Ivan Richard<br /> <em>Enviado Especial da Ag&ecirc;ncia Brasil/EBC</em></p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/3/gallery_assist639716/prev/CHICO.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 5px; float: right;" />Xapuri (AC) - Amigo e companheiro de trabalho de Chico Mendes, o pesquisador e professor do Centro de Filosofia e Ci&ecirc;ncias Humanas da Universidade Federal do Acre (UFAC), Helder Andrade de Paula, avalia hoje, 25 anos depois do assassinato, que a proje&ccedil;&atilde;o internacional do l&iacute;der seringueiro foi crucial para a ocorr&ecirc;ncia do crime.</p> <p> Ele analisa que os interessados na morte do l&iacute;der seringueiro n&atilde;o calcularam que o crime colocaria os problemas da Amaz&ocirc;nia no centro do debate mundial sobre o meio ambiente.</p> <p> &ldquo;Pessoalmente, achava que os fazendeiros e aquela gente ligada ao poder, a quem interessava elimin&aacute;-lo, n&atilde;o seriam t&atilde;o ousados para fazer aquilo justamente naquele ano. Errei feio&rdquo;, admitiu Helder &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>. Chico Mendes foi assassinado em 22 de dezembro de 1988 com um tiro de espingarda no peito, na cozinha de casa, em Xapuri.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/3/gallery_assist639716/prev/ABr121213VAC_6356.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 5px; float: left;" />Ainda pouco conhecido no Brasil, em 1987 Chico tornara-se internacionalmente um s&iacute;mbolo da luta pela preserva&ccedil;&atilde;o da Floresta Amaz&ocirc;nica e pelos direitos dos trabalhadores extrativistas. Naquele ano, sem falar ingl&ecirc;s, denunciou a devasta&ccedil;&atilde;o da floresta e a expuls&atilde;o de seringueiros ao Senado dos Estados Unidos. Tamb&eacute;m conseguiu convencer diretores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a suspender o financiamento de projetos que impactavam a floresta.</p> <p> Por esse trabalho, ele recebeu, em Nova York, a Medalha da Sociedade para um Mundo Melhor, e foi o primeiro brasileiro homenageado com o Pr&ecirc;mio Global 500, das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU). Para Helder Andrade de Paula, isso foi crucial para a morte dele.</p> <p> &ldquo;Ao contr&aacute;rio do que pensava em 1988, quando conversei com o Chico, aquele pr&ecirc;mio acelerou a motiva&ccedil;&atilde;o do assassinato. Ele tenderia a se tornar um obst&aacute;culo cada vez maior. N&atilde;o s&oacute; local, mas conhecido internacionalmente. E o latif&uacute;ndio nunca se intimidou diante de ningu&eacute;m. Mata padre, freira, imagina se n&atilde;o mataria um seringueiro no Acre. Al&eacute;m do mais, eles n&atilde;o tinham ideia que a repercuss&atilde;o do crime poderia atingir os n&iacute;veis que atingiu&rdquo;, avaliou.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/3/gallery_assist639716/prev/ABr101213VAC_5471.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 5px; float: right;" />Com a morte de Chico Mendes, ve&iacute;culos de imprensa do Brasil e do mundo foram para Xapuri e Rio Branco acompanhar as investiga&ccedil;&otilde;es do crime. Helder ressalta que, com isso, de l&iacute;der seringueiro e sindicalista, ele se tornou s&iacute;mbolo das causas ambientalistas. &ldquo;Depois do seu assassinato ele se projetaria como &iacute;cone da luta pela terra, da luta pelos povos que vivem nas florestas deste pa&iacute;s. Chico Mendes virou um nome mundial, s&iacute;mbolo dessa luta de resist&ecirc;ncia&rdquo;, disse Helder de Paula.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Marcos Chagas</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil&nbsp; </strong></em><br /> &nbsp;</p> 25 anos Agência Brasil assassinato Chico Mendes desmatamento fazendeiros líder seringueiro Meio ambiente Meio Ambiente morte onu prêmios professor projeção subestimaram Universidade Federal do Acre Fri, 20 Dec 2013 13:56:36 +0000 mchagas 737033 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/