comandante da UPP https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/178332/all pt-br Comandante das UPPs pede desculpas à família de Amarildo pela tortura feita por policiais https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-11-06/comandante-das-upps-pede-desculpas-familia-de-amarildo-pela-tortura-feita-por-policiais <p>Cristina Indio do Brasil<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - O comandante das unidades de Pol&iacute;cia Pacificadora (UPPs), coronel Frederico Caldas, pediu hoje (6) desculpas &agrave; fam&iacute;lia do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, que foi torturado e morto por policiais militares na Rocinha, zona sul do Rio. &ldquo;N&oacute;s devemos desculpas &agrave; fam&iacute;lia. De uma maneira humilde e humanit&aacute;ria. O que n&oacute;s temos aqui &eacute; apresentar desculpas &agrave; fam&iacute;lia por este sofrimento, porque &eacute; inaceit&aacute;vel que um agente p&uacute;blico tenha este comportamento&rdquo;, disse o policial durante discurso no lan&ccedil;amento da cartilha <em>Cidad&atilde;o com Seguran&ccedil;a &ndash; Respeito M&uacute;tuo entre Cidad&atilde;o e Pol&iacute;cia</em>, na quadra da Escola de Samba Acad&ecirc;micos da Rocinha, na zona sul do Rio.</p> <p> O coronel disse que &eacute; inaceit&aacute;vel que haja na pol&iacute;cia um instrumento de abuso e de excesso, ainda mais porque o cidad&atilde;o espera que o policial seja o principal defensor das leis e da cidadania e n&atilde;o aquele que vai, de alguma maneira, desrespeitar o cidad&atilde;o que ele deve servir. &ldquo;N&oacute;s tamb&eacute;m n&atilde;o compactuamos com desvio de conduta, n&oacute;s tamb&eacute;m n&atilde;o compactuamos com os excessos. N&oacute;s entendemos que a Justi&ccedil;a deve ser feita pelas m&atilde;os daqueles que t&ecirc;m o dever de fazer cumprir a lei&rdquo;, disse.</p> <p> Para o comandante das UPPs, o que aconteceu na Rocinha foi um absurdo. &ldquo;&Eacute; inaceit&aacute;vel que o policial tenha um comportamento que n&atilde;o seja em conson&acirc;ncia e em observ&acirc;ncia com o que est&aacute; previsto na lei, nem na Rocinha, e nem em lugar algum. O que aconteceu aqui foi um absurdo. O que aconteceu aqui na Rocinha foi um absurdo. Se ningu&eacute;m disse isso at&eacute; agora, eu digo. Isso foi um absurdo e &eacute; inaceit&aacute;vel que este tipo de comportamento de alguma maneira seja feito por um Policial Militar, por um agente p&uacute;blico, um agente da lei. N&atilde;o estou fazendo aqui um julgamento. O julgamento cabe &agrave; Justi&ccedil;a e n&oacute;s acreditamos na Justi&ccedil;a. Acreditamos no trabalho isento que foi feito pela Pol&iacute;cia Civil&rdquo;, analisou.</p> <p> Falando como comandante das UPPs, Caldas acrescentou que a cartilha lan&ccedil;ada hoje, de alguma forma, joga luz sobre os diretos do cidad&atilde;o. &ldquo;Observando o que est&aacute; aqui, n&oacute;s n&atilde;o teremos mais um novo caso Amarildo&rdquo;, disse.</p> <p> A cartilha foi produzida em parceria pelos minist&eacute;rios p&uacute;blicos do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), Federal (MPF) e Militar (MPM) e pelo Conselho Nacional do Minist&eacute;rio P&uacute;blico (CNMP) e trata dos direitos e deveres do cidad&atilde;o em contato com um policial e o que ele deve fazer em caso de abuso da pol&iacute;cia.</p> <p> O subprocurador-geral de Direitos Humanos do MP-RJ, Ertulei Matos, disse que o caso Amarildo &eacute; emblem&aacute;tico para a coletividade e aproximou o Minist&eacute;rio P&uacute;blico das pol&iacute;cias Civil e Militar. &quot;N&atilde;o devolvemos a vida de Amarildo, mas responsabilizamos 25 pessoas que denegriram a imagem da Pol&iacute;cia Militar do Rio de Janeiro&quot;, disse. &nbsp;</p> <p> A cartilha mostra que todo cidad&atilde;o tem o direito de ser tratado com respeito, sem ser xingado, agredido, amea&ccedil;ado ou humilhado. Tamb&eacute;m n&atilde;o pode ser for&ccedil;ado a confessar um crime e deve ser levado &agrave; delegacia apenas se houver alguma suspeita fundamentada. O policial s&oacute; pode usar a for&ccedil;a f&iacute;sica quando a pessoa resiste &agrave; pris&atilde;o e, mesmo assim, com modera&ccedil;&atilde;o.</p> <p> Quanto aos deveres, o cidad&atilde;o tem que respeitar os policiais, identificar-se sempre que seus dados forem solicitados e atender &agrave;s intima&ccedil;&otilde;es feitas pela pol&iacute;cia. Tamb&eacute;m deve permitir, sem resistir, ser revistado, mesmo que considere a revista desnecess&aacute;ria, podendo depois apresentar uma reclama&ccedil;&atilde;o aos &oacute;rg&atilde;os competentes (&agrave; Corregedoria da Pol&iacute;cia ou ao Minist&eacute;rio P&uacute;blico).</p> <p> No fim das investiga&ccedil;&otilde;es e das den&uacute;ncias do Minist&eacute;rio P&uacute;blico do Rio no caso Amarildo, 25 policiais da UPP da Rocinha s&atilde;o acusados de participar da tortura do ajudante de pedreiro no dia 14 de julho.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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