Farol da Ilha Rasa https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/177742/all pt-br Furnas desenvolve usina para gerar energia a partir do aproveitamento de ondas em alto-mar https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-30/furnas-desenvolve-usina-para-gerar-energia-partir-do-aproveitamento-de-ondas-em-alto-mar <p>Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro &ndash; A&nbsp; estatal Furnas come&ccedil;ou o projeto de uma usina, chamada de conversor <em>offshore</em> e in&eacute;dita no pa&iacute;s, para a gera&ccedil;&atilde;o de energia a partir do aproveitamento das ondas em alto-mar. &ldquo;A ideia, que j&aacute; est&aacute; sendo conversada com a Marinha do Brasil, &eacute; a unidade que vai ser&nbsp; desenvolvida ao final do projeto atender ao Farol da Ilha Rasa e &agrave;s cerca de 200 casas existentes no local&rdquo;, disse hoje (30) &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong> o gerente da &aacute;rea de Pesquisa, Desenvolvimento e Inova&ccedil;&atilde;o de Furnas, Renato Norbert. Em uma segunda etapa, a usina flutuante deve gerar energia &agrave;s plataformas do pr&eacute;-sal.</p> <p> A pesquisa &eacute; desenvolvida em parceria&nbsp; com o Instituto Alberto Luiz Coimbra de P&oacute;s-Gradua&ccedil;&atilde;o e Pesquisa de Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e com a empresa Seahorse Wave Energia de Ondas. &nbsp;</p> <p> J&aacute; foi iniciada a constru&ccedil;&atilde;o do prot&oacute;tipo, em pequena escala,&nbsp; que vai ser testado no tanque de ondas da Coppe. Os testes dever&atilde;o se estender por seis a oito meses, informou Norbert.&nbsp; Ap&oacute;s os aperfei&ccedil;oamentos que forem introduzidos no projeto, os t&eacute;cnicos se dedicar&atilde;o &agrave; constru&ccedil;&atilde;o da unidade que ser&aacute; instalada na Ilha Rasa. A expectativa de Norbert &eacute; que o projeto esteja em condi&ccedil;&otilde;es de operar no final de 2015 ou, &ldquo;eventualmente&rdquo;, at&eacute; o primeiro trimestre de 2016.</p> <p> Em seguida, Furnas pretende partir para um segundo projeto que visa a explorar outra possibilidade coberta pela patente da Coppe e da Seahorse, que &eacute; tornar a unidade de gera&ccedil;&atilde;o de energia flutuante para servir &agrave;s plataformas do pr&eacute;-sal que est&atilde;o muito afastadas da costa, onde a profundidade &eacute; elevada.</p> <p> Norbert destacou que, atualmente, para plataformas de petr&oacute;leo que operam pr&oacute;ximo da costa, a dist&acirc;ncias inferiores a 100 metros, Furnas vai estudar a possibilidade de serem atendidas&nbsp; por usinas que s&atilde;o fixadas no fundo do oceano. Para profundidades mais altas, a solu&ccedil;&atilde;o mais econ&ocirc;mica prevista &eacute; a instala&ccedil;&atilde;o de unidades de gera&ccedil;&atilde;o de energia flutuantes.</p> <p> A usina que ser&aacute; constru&iacute;da inicialmente ter&aacute; capacidade de 100 quilowatts (kW) de energia, suficiente para abastecer 800 pessoas. &ldquo;Mas a gente pretende, se tudo der certo, desenvolver outras unidades que v&atilde;o atender a ilhas pr&oacute;ximas da costa e plataformas de petr&oacute;leo perto da costa&rdquo;.</p> <p> A partir de acordo que ser&aacute; firmado com a Marinha, o gerente de Furnas disse que pretende-se atender a navios que estejam ancorados&nbsp; a pouca dist&acirc;ncia da costa, &agrave; espera para entrar em algum porto no pa&iacute;s.&nbsp; &ldquo;Eventualmente, no futuro, os portos v&atilde;o poder ter unidades dessas para abastecer os navios, que v&atilde;o economizar diesel, combust&iacute;vel, enquanto estiverem parados, tornando o custo de espera no porto mais baixo, o que &eacute; bom para o pr&oacute;prio porto&rdquo;.</p> <p> A energia gerada pelas ondas em alto-mar&nbsp; &eacute; totalmente limpa e o funcionamento da usina, bem simples, afian&ccedil;ou Norbert.&nbsp; &ldquo;A pr&oacute;pria manuten&ccedil;&atilde;o vai ter um custo baixo&rdquo;. Segundo o gerente de Furnas, a constru&ccedil;&atilde;o da unidade &eacute; mais barata do que qualquer outra solu&ccedil;&atilde;o que se proponha. &ldquo;&Eacute; muito mais barato do que uma usina de gera&ccedil;&atilde;o e&oacute;lica da mesma capacidade, por exemplo&rdquo;, salientou.&nbsp; Sobretudo para ilhas, que n&atilde;o t&ecirc;m grande extens&atilde;o, ele indicou que &ldquo;&eacute; uma solu&ccedil;&atilde;o excelente&rdquo;.</p> <p> A Coppe, em conjunto com a empresa Tractebel Energia, j&aacute; desenvolve a primeira usina de ondas da Am&eacute;rica Latina, que utiliza o movimento das ondas para produzir energia el&eacute;trica. A usina est&aacute; situada no Porto do Pec&eacute;m (CE). Renato Norbert observou, por&eacute;m, que essa unidade se diferencia do projeto de Furnas porque&nbsp; &eacute; fixada no porto (<em>onshore</em>), e n&atilde;o prev&ecirc; a gera&ccedil;&atilde;o de energia <em>nearshore </em>(pr&oacute;ximo da costa), ou totalmente <em>offshore, </em>isto &eacute;, em alto-mar,&nbsp;&nbsp; como sugerem as unidades futuras de gera&ccedil;&atilde;o flutuantes de Furnas.</p> <p> O investimento total da estatal, englobando todas as etapas de desenvolvimento do projeto, incluindo gastos com homens/hora e di&aacute;rias de viagens, &eacute; cerca de R$ 8,2 milh&otilde;es.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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