proposta brasileira https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/177589/all pt-br Internet mundial poderá ser influenciada pela proposta brasileira, diz Icann https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-29/internet-mundial-podera-ser-influenciada-pela-proposta-brasileira-diz-icann <p>Pedro Peduzzi<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Com a previs&atilde;o de ser apreciado e votado a partir de hoje (29) pela C&acirc;mara dos Deputados, o Marco Civil da Internet ser&aacute; acompanhado de perto pela autoridade respons&aacute;vel pela coordena&ccedil;&atilde;o mundial da rede &ndash; a Corpora&ccedil;&atilde;o da Internet para Atribui&ccedil;&atilde;o de Nomes e N&uacute;meros (Icann, na sigla em ingl&ecirc;s). Para a Icann, a experi&ecirc;ncia interna brasileira, em termos de legisla&ccedil;&atilde;o e de modelos de representatividade, poder&aacute; ajudar a entidade no desafio de democratizar a internet e de retomar a credibilidade perdida com as recentes den&uacute;ncias de espionagem.</p> <p> Segundo o vice-presidente da Icann para a Am&eacute;rica Latina e o Caribe, Rodrigo de la Parra, a import&acirc;ncia brasileira no novo modelo de gest&atilde;o mundial da internet ficou ainda maior ap&oacute;s o discurso feito pela presidenta Dilma Rousseff na abertura da Assembleia Geral das Na&ccedil;&otilde;es Unidas.</p> <p> &ldquo;O discurso feito pela presidenta Dilma foi muito bom,e nossa inten&ccedil;&atilde;o, no recente encontro dela com o presidente [da Icann] Fadi Chehad&eacute;, foi lembrar o que foi proposto, a fim de encontrar um ponto m&eacute;dio, uma posi&ccedil;&atilde;o neutra em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; discuss&atilde;o sobre governan&ccedil;a da internet. Queremos evitar posi&ccedil;&otilde;es extremas, centralizadoras, como as adotadas pela R&uacute;ssia, S&iacute;ria ou China, ou, no outro extremo, posi&ccedil;&otilde;es extremamente liberais que n&atilde;o preveem formas de regulamenta&ccedil;&atilde;o ou de promo&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse Parra &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p> A Icann tem se manifestado favor&aacute;vel a um modelo mais democr&aacute;tico de gest&atilde;o da internet, com a participa&ccedil;&atilde;o &ldquo;de todos os governos e de todos os atores&rdquo; da rede mundial de computadores. Para avan&ccedil;ar nessas discuss&otilde;es, Parra avalia que ser&aacute; fundamental o papel da confer&ecirc;ncia mundial sobre governan&ccedil;a da internet, prevista para abril de 2014 no Rio de Janeiro.</p> <p> A tend&ecirc;ncia, segundo ele, &eacute; que nessa nova forma de gest&atilde;o haja a participa&ccedil;&atilde;o de &ldquo;muitos<em> stakeholder</em>&rdquo; [partes interessadas]. &ldquo;Dessa forma, o Brasil tem muito a colaborar, at&eacute; por ter um modelo similar interno: o CGI [Comit&ecirc; Gestor da Internet], que &eacute; um modelo com multiatores, pr&aacute;tica que &eacute; boa e pode ajudar o resto do mundo&rdquo;, acrescentou. O comit&ecirc; &eacute; o &oacute;rg&atilde;o respons&aacute;vel por coordenar e integrar todas as iniciativas de servi&ccedil;os de internet no Brasil. Formado por representantes da sociedade civil e por membros do governo, o grupo participa de debates e delibera&ccedil;&otilde;es sobre implanta&ccedil;&atilde;o, administra&ccedil;&atilde;o e uso da rede.</p> <p> &ldquo;O Brasil tem muito o que aportar pela experi&ecirc;ncia interna, mas outros temas tamb&eacute;m devem ser discutidos na oportunidade. Entre eles, a neutralidade de rede, seguran&ccedil;a e propriedade intelectual [a exemplo do que est&aacute; sendo feito na tramita&ccedil;&atilde;o do Marco Civil da Internet, no Legislativo brasileiro]. S&atilde;o temas que v&atilde;o al&eacute;m da Icann, mas que precisam ser discutidos em um ambiente que inclua as diversas partes interessadas. Acreditamos que, nesse sentido, a discuss&atilde;o ser&aacute; muito ampliada no evento que ocorrer&aacute; no Brasil&rdquo;, acrescentou.</p> <p> Em discurso na Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU), Dilma sugeriu um marco civil internacional. &ldquo;Faz sentido o que foi dito por ela, n&atilde;o s&oacute; para Brasil como para outros pa&iacute;ses. Mas isso precisa contar com a participa&ccedil;&atilde;o da sociedade, o que inclui atores m&uacute;ltiplos, inclusive do setor privado, usu&aacute;rios, comunidade t&eacute;cnica, acad&ecirc;mica, cient&iacute;fica, grupos de seguran&ccedil;a da informa&ccedil;&atilde;o. A ideia &eacute; que sejam feitas consultas p&uacute;blicas e que sejam apresentadas propostas de desenvolvimento. As conclus&otilde;es chegar&atilde;o ao &oacute;rg&atilde;o m&aacute;ximo da Icann, que &eacute; o conselho diretivo&rdquo;, disse Parra.</p> <p> &ldquo;Nesses 15 anos de exist&ecirc;ncia, a Icann mudou, e agora a tend&ecirc;ncia &eacute; internacionalizar a gest&atilde;o da internet. Se antes ela tinha mais participa&ccedil;&atilde;o dos Estados Unidos e da Europa, agora a tend&ecirc;ncia &eacute; dar maior participa&ccedil;&atilde;o a outros pa&iacute;ses, principalmente os grupos da &Aacute;frica, &Aacute;sia, do Pac&iacute;fico, da Am&eacute;rica Latina e do Caribe, incluindo sociedade civil e empresas&rdquo;, acrescentou.</p> <p> Segundo ele, as den&uacute;ncias de espionagens feitas pelo governo norte-americano em diversos pa&iacute;ses prejudicaram a confian&ccedil;a que as pessoas depositavam na internet. &ldquo;A preocupa&ccedil;&atilde;o com a espionagem &eacute; muito v&aacute;lida e, como disse Dilma na ONU, uma das consequ&ecirc;ncias dela &eacute; a perda de confian&ccedil;a dos usu&aacute;rios. Essa ser&aacute; uma das nossas preocupa&ccedil;&otilde;es durante a reuni&atilde;o no Brasil&rdquo;.</p> <p> Parra acredita que &eacute; poss&iacute;vel alcan&ccedil;ar o objetivo de restabelecer a confian&ccedil;a dos usu&aacute;rios na grande rede. &ldquo;Precisamos encontrar uma solu&ccedil;&atilde;o. Isso &eacute; poss&iacute;vel. At&eacute; porque todos nos sentimos desapontados. O momento agora &eacute; de juntarmos a sociedade civil e buscar mecanismos para solucionar esses problemas por meio de um novo modelo de seguran&ccedil;a, que envolva mais democracia e participa&ccedil;&atilde;o na gest&atilde;o. A solu&ccedil;&atilde;o n&atilde;o vir&aacute; pela blindagem da internet [como foi j&aacute; foi sugerido por alguns pa&iacute;ses]&rdquo;, argumentou o representante da Icann na Am&eacute;rica Latina e no Caribe.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></p> câmara dos deputados denúncias espionagem Icann influência internet marco civil Nacional proposta brasileira Tue, 29 Oct 2013 08:21:40 +0000 gracaadjuto 733903 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/