Dia Mundial do Idoso https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/175367/all pt-br Idosos que não pararam de trabalhar ainda querem continuar ativos https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-01/idosos-que-nao-pararam-de-trabalhar-ainda-querem-continuar-ativos <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/25/gallery_assist731717/prev/ABr290913MCMCSP-13.jpg" style="margin: 8px; width: 300px; float: right; height: 225px" />Thais Leit&atilde;o<br /> <i>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</i></p> <p> Bras&iacute;lia - Prestes a completar 100 anos, seu Pereira, como &eacute; conhecido na Esplanada dos Minist&eacute;rios, ainda est&aacute; l&uacute;cido e fala com orgulho de suas atividades di&aacute;rias. Ele &eacute; funcion&aacute;rio aposentado da C&acirc;mara dos Deputados, mas ainda trabalha como porteiro terceirizado no Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a. A disposi&ccedil;&atilde;o para se manter ativo, segundo ele, vem da certeza de que &quot;o trabalho enobrece a pessoa&quot;.</p> <p> &quot;Se a pessoa parar e ficar em casa, ela fica ociosa. Mesmo que goste de ler e tenha muitos recursos&quot;, disse ele que, em raz&atilde;o da idade, conta com a ajuda dos colegas para caminhar pelo minist&eacute;rio. Com a voz um pouco tr&ecirc;mula, contou que o mais gratificante em sua fun&ccedil;&atilde;o &eacute; poder ajudar as pessoas.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm">&quot;Eu tenho uma maneira de pensar que &eacute; a seguinte: se eu puder, eu ajudo. Me dou bem com todas as pessoas aqui, gosto muito de orient&aacute;-las, de dar conselhos a quem passa por aqui e conversa comigo&quot;, acrescentou o sergipano, que chegou &agrave; capital federal em pleno Dia do Trabalho, em 1&deg; de maio de 1960. Sua rela&ccedil;&atilde;o com as atividades profissionais, contudo, come&ccedil;aram muito antes, ainda crian&ccedil;a, quando ajudava a m&atilde;e na ro&ccedil;a em Propri&aacute; (SE), cidade &agrave; beira do Rio S&atilde;o Francisco, onde morava com a fam&iacute;lia.</p> <p> Sem nunca ter conclu&iacute;do o ensino m&eacute;dio, ele diz que uma de suas maiores conquistas foi ter ajudado os quatro filhos a estudar. Um filho j&aacute; se aposentou como m&eacute;dico e uma filha como jornalista. Outro &eacute; funcion&aacute;rio de empresa p&uacute;blica e o &uacute;ltimo estudou na Inglaterra, &eacute; professor e tradutor de ingl&ecirc;s, al&eacute;m de assessor legislativo na C&acirc;mara Distrital. Embora tenha uma vida confort&aacute;vel e more em um apartamento pr&oacute;prio na Asa Norte, &aacute;rea de classe m&eacute;dia em Bras&iacute;lia, Seu Pereira diz que vai continuar trabalhando at&eacute; quando &quot;perceber que d&aacute; conta&quot;.</p> <p> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/ABr011013WDO_4127.jpg" style="margin: 8px; width: 300px; float: left; height: 225px" />O carteiro Francisco das Chagas Oliveira, aos 53 anos, ainda n&atilde;o &eacute; considerado idoso, mas tamb&eacute;m sabe que n&atilde;o vai parar de trabalhar depois da aposentadoria. &Uacute;nico respons&aacute;vel pelo sustento da fam&iacute;lia, que inclui a esposa e seis filhos, ele ainda n&atilde;o &eacute; considerado idoso pela legisla&ccedil;&atilde;o brasileira. O Estatuto do Idoso, que hoje (1&ordm;) completa dez anos, define o patamar de 60 anos para que uma pessoa esteja nessa condi&ccedil;&atilde;o.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm">Oliveira admite que j&aacute; sente um pouco o peso da atividade a que se dedica h&aacute; 27 anos. Ele garante, no entanto, que n&atilde;o falta disposi&ccedil;&atilde;o para percorrer, diariamente, 30 quil&ocirc;metros e entregar, em m&eacute;dia, 1,5 mil correspond&ecirc;ncias. Para cumprir a tarefa, usa uma bicicleta que diz ser sua grande aliada, principalmente para proteger a coluna dos danos que o peso das cartas pode causar.&nbsp;</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm">&quot;Ainda tenho muita disposi&ccedil;&atilde;o para trabalhar, porque gosto do que fa&ccedil;o, mas vejo que muita gente hoje em dia j&aacute; entra desmotivado&quot;, disse o maranhense, que mora em Planaltina, regi&atilde;o administrativa do Distrito Federal. &quot;O meu conselho para os novatos &eacute; que mantenham o ritmo e o foco no trabalho. &Eacute; preciso dormir cedo, se alimentar bem e ter garra&quot;, acrescentou ele, que faz planos para se manter em atividade depois da aposentadoria.</p> <p> &quot;Eu penso em montar uma empresa de representa&ccedil;&atilde;o para passar o tempo, sim, mas tamb&eacute;m para complementar a renda e n&atilde;o deixar nunca faltar nada em minha casa&quot;, disse.</p> <p> De acordo com o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat&iacute;stica (IBGE), existem no Brasil 20,5 milh&otilde;es de idosos (pessoas com 60 anos ou mais).</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"><em>E</em><em>di&ccedil;&atilde;o: Davi Oliveira</em></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; </em><b>Ag&ecirc;ncia Brasil</b></p> Dia Mundial do Idoso estatuto idoso idosos Nacional trabalho Tue, 01 Oct 2013 13:21:43 +0000 gracaadjuto 731841 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Estatuto do Idoso: algumas ações continuam no papel, dizem especialistas https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-01/estatuto-do-idoso-algumas-acoes-continuam-no-papel-dizem-especialistas <p><img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/25/gallery_assist731717/prev/ABr290913MCMCSP-13.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 8px; float: right;" />Fl&aacute;via Villela<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Rio de Janeiro - No Dia Mundial do Idoso, comemorado hoje (1), especialistas elogiaram o Estatuto do Idoso, que completa dez anos, considerado um marco importante na garantia de direitos dessa faixa et&aacute;ria. Entretanto, h&aacute; consenso de que apesar do aumento expressivo de espa&ccedil;os para a participa&ccedil;&atilde;o do idoso na sociedade nos &uacute;ltimos anos, v&aacute;rios direitos continuam no papel.</p> <p> Integrante do Conselho Nacional do Idoso, a m&eacute;dica Jussara Rauth esclareceu que o estatuto ampliou a Lei 8.842 (de 1994) e reconheceu direitos do idoso, com san&ccedil;&otilde;es e puni&ccedil;&otilde;es previstas para a fam&iacute;lia, as institui&ccedil;&otilde;es e/ou o pr&oacute;prio Estado, caso sejam violados. Por&eacute;m, segundo ela, faltam a&ccedil;&otilde;es eficazes na quest&atilde;o do cuidado e da aten&ccedil;&atilde;o.</p> <p> &ldquo;Encontramos nas pol&iacute;ticas p&uacute;blicas mais fragilidades do que fortalecimento, pois a quest&atilde;o do envelhecimento ainda n&atilde;o &eacute; pauta de uma agenda pol&iacute;tica forte. Continuamos a ver a &ecirc;nfase em pol&iacute;ticas como da crian&ccedil;a e do adolescente. S&oacute; que hoje temos um percentual de crian&ccedil;as diminuindo e de idosos aumentando significativamente&rdquo;, comentou. &ldquo;Precisamos de um equil&iacute;brio, de uma compensa&ccedil;&atilde;o em cima das demandas sociais&rdquo;.</p> <p> A m&eacute;dica criticou ainda a hierarquiza&ccedil;&atilde;o das responsabilidades em rela&ccedil;&atilde;o ao idoso, que ocorre na interpreta&ccedil;&atilde;o da lei. &ldquo;Quando a fam&iacute;lia n&atilde;o pode dar conta, a responsabilidade &eacute; da sociedade e quando ela n&atilde;o d&aacute; conta, a responsabilidade &eacute; do Estado. Entretanto, a pol&iacute;tica diz que a responsabilidade &eacute; linear, ou seja, as tr&ecirc;s inst&acirc;ncias s&atilde;o complementares e articuladas&rdquo;, declarou.</p> <p> &ldquo;Se n&atilde;o houver algumas a&ccedil;&otilde;es de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas que deem suporte a essa fam&iacute;lia, ela n&atilde;o consegue cumprir o seu papel em rela&ccedil;&atilde;o ao idoso&rdquo;, comentou Jussara ao lembrar que o fortalecimento do v&iacute;nculo familiar &eacute; positivo para o idoso e para os parentes. &ldquo;A fam&iacute;lia deve desfrutar dessa companhia n&atilde;o como um estorvo, que causa dificuldade, mas como uma pessoa com experi&ecirc;ncia de vida, viv&ecirc;ncias que podem ser passadas. O grande valor das pessoas idosas &eacute; a possibilidade de nos ajudar a compreender o presente com um retrato do passado&rdquo;, lembrou a m&eacute;dica, ao defender uma mudan&ccedil;a de paradigma na sociedade para que deixe de ver o envelhecimento como problema e o encare como um processo natural da vida que deve ser valorizado.</p> <p> Para o diretor da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Salo Buksman, o cumprimento do estatuto ainda n&atilde;o &eacute; uma realidade em muitos aspectos. &ldquo;O estatuto foi uma iniciativa important&iacute;ssima, mas temos ainda muito caminho a percorrer para que a prote&ccedil;&atilde;o do idoso seja efetivamente executada pela sociedade&rdquo;, disse ele ao citar algumas arbitrariedades cometidas contra idosos, como a pr&aacute;tica de alguns planos e operadoras de sa&uacute;de de negar o direito de clientes idosos adquirir novos planos.</p> <p> &ldquo;Os planos de sa&uacute;de n&atilde;o veem com bons olhos o idoso, por representar eventualmente um custo maior. Ent&atilde;o lan&ccedil;am m&atilde;o de todos os artif&iacute;cios poss&iacute;veis para que n&atilde;o tenham acesso ao seguro-sa&uacute;de privado, o que &eacute; indecente, pois n&atilde;o se pode discriminar uma pessoa devido &agrave; sua faixa et&aacute;ria, o que &eacute; condenado no estatuto&rdquo;, acrescentou.</p> <p> De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), algumas empresas de planos de sa&uacute;de n&atilde;o pagam comiss&atilde;o a corretores que vendem planos para idosos. A pr&aacute;tica &eacute; proibida pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Sa&uacute;de Suplementar (ANS), mas n&atilde;o est&aacute; prevista na Constitui&ccedil;&atilde;o ou no Estatuto do Idoso.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Gra&ccedil;a Adjuto</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Conselho Nacional do Idoso dez anos Dia Mundial do Idoso direitos especialistas estatuto Estatuto do Idoso idoso Nacional participação Tue, 01 Oct 2013 10:25:49 +0000 gracaadjuto 731830 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/