Regime Especial para o Plano de Banda Larga https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/175316/all pt-br Ministro defende desoneração tributária sobre os serviços de telecomunicações https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-09-30/ministro-defende-desoneracao-tributaria-sobre-os-servicos-de-telecomunicacoes <p>Alana Gandra<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>Rio de Janeiro &ndash; O ministro das Comunica&ccedil;&otilde;es, Paulo Bernardo, defendeu hoje (30), durante evento na Federa&ccedil;&atilde;o das Ind&uacute;strias do Estado do Rio de Janeiro, a desonera&ccedil;&atilde;o tribut&aacute;ria sobre os servi&ccedil;os de telecomunica&ccedil;&otilde;es, hoje em torno de 60% sobre o servi&ccedil;o prestado. &ldquo;Eu acho que n&oacute;s precisamos achar uma sa&iacute;da para isso&rdquo;, enfatizou.</p> <p>Ele sugeriu que &ldquo;se a empresa cumprir determinadas metas de qualidade, n&oacute;s damos um ponto a menos no Imposto sobre Circula&ccedil;&atilde;o de Mercadorias e Servi&ccedil;os (ICMS)&rdquo;. O mesmo ocorreria para as empresas que ampliassem a abrang&ecirc;ncia ou a cobertura dos servi&ccedil;os. &ldquo;Se a empresa fizer infraestrutura, inclusive compartilhada, n&oacute;s tiramos pontos do ICMS [imposto estadual] e podemos fazer o mesmo no governo federal&rdquo;.</p> <p>Paulo Bernardo confia que convencer&aacute; o ministro da Fazenda, Guido Mantega, da necessidade de desonera&ccedil;&atilde;o. Em m&eacute;dia, o ICMS significa uma carga efetiva de 33% na conta. O peso varia de acordo com o estado.</p> <p>O ministro lembrou que da parte do governo federal v&aacute;rias provid&ecirc;ncias foram tomadas no sentido de redu&ccedil;&atilde;o da carga tribut&aacute;ria. &ldquo;N&oacute;s tiramos os impostos federais para investimentos em rede, para computador, depois <em>tablets</em> e <em>smartphones</em>. Al&eacute;m disso, as conex&otilde;es m&aacute;quina a m&aacute;quina, n&oacute;s estamos terminando a regulamenta&ccedil;&atilde;o. Vamos reduzir a um ter&ccedil;o a carga tribut&aacute;ria federal. Eu acho que, inevitavelmente, n&oacute;s vamos ter alguns movimentos nos estados tamb&eacute;m&rdquo;.</p> <p>O Regime Especial para o Plano de Banda Larga acumula em torno de R$ 15 bilh&otilde;es em projetos cadastrados para serem desonerados. No Rio de Janeiro, somam R$ 630 milh&otilde;es s&oacute; de infraestrutura.</p> <p>Algumas unidades da Federa&ccedil;&atilde;o, segundo Bernardo, t&ecirc;m feito planos de incentivo para popularizar a internet e, at&eacute; mesmo, o telefone celular, por meio da redu&ccedil;&atilde;o de impostos. Informou que o Esp&iacute;rito Santo e Sergipe discutem a quest&atilde;o. &ldquo;Como a carga &eacute; muito alta, vai acabar tendo esse tipo de movimento&rdquo;. Como os estados t&ecirc;m autonomia para decidir, a tend&ecirc;ncia &eacute; que cada um fa&ccedil;a a sua desonera&ccedil;&atilde;o.</p> <p>Relatou que, em conversa com os secret&aacute;rios estaduais, a sinaliza&ccedil;&atilde;o&nbsp;foi que pelo menos a banda larga fixa poder&aacute; ser desonerada, tendo em vista a import&acirc;ncia e a necessidade de expans&atilde;o do servi&ccedil;o. &ldquo;N&atilde;o tem raz&atilde;o para ter uma carga tribut&aacute;ria t&atilde;o alta. Considerando que os estados n&atilde;o v&atilde;o baixar os tributos de maneira generalizada, por causa do problema da despesa, acho que, pelo menos, a banda larga podia ser mexida&rdquo;. Essas conversas d&atilde;o ao ministro a confian&ccedil;a que a redu&ccedil;&atilde;o da carga tribut&aacute;ria &ldquo;acabar&aacute; vingando&rdquo;.</p> <p>O ministro disse que o imposto que incide sobre os servi&ccedil;os de telecomunica&ccedil;&otilde;es &ldquo;&eacute; absurdamente alto&rdquo;. Acrescentou que ele &eacute; pouco transparente. Disse que 78% dos usu&aacute;rios de celular, por exemplo, compram cr&eacute;dito. S&atilde;o os chamados clientes do servi&ccedil;o pr&eacute;-pago. &ldquo;O que acontece &eacute; que eles compram cr&eacute;dito e n&atilde;o t&ecirc;m qualquer informa&ccedil;&atilde;o sobre o que pagam em termos de imposto. O imposto est&aacute; embutido. Acho que esse &eacute; o primeiro ponto. A carga &eacute; alta e as pessoas nem t&ecirc;m informa&ccedil;&atilde;o&rdquo;.</p> <p>Em segundo lugar, indicou que o consumo do servi&ccedil;o no Brasil &eacute; reprimido. &ldquo;No pr&eacute;-pago, a conta m&eacute;dia mensal varia entre R$ 10 e R$ 12&rdquo;. Da&iacute;, ponderou que se baixar o imposto, as pessoas, provavelmente, consumir&atilde;o mais. &ldquo;Se voc&ecirc; baixar o imposto, o servi&ccedil;o vai ficar mais barato, e as pessoas n&atilde;o v&atilde;o diminuir o consumo. Ent&atilde;o, a arrecada&ccedil;&atilde;o tende a se manter ou, at&eacute;, a aumentar com um servi&ccedil;o mais barato&rdquo;.</p> <p>Paulo Bernardo disse que n&atilde;o s&atilde;o as empresas de telefonia que pagam o imposto. &ldquo;Quem paga somos n&oacute;s. A empresa cobra a conta e repassa o imposto para o estado. Portanto, quem paga &eacute; o cidad&atilde;o que usa&rdquo;.</p> <p>O ministro acredita que a diminui&ccedil;&atilde;o da carga tribut&aacute;ria poder&aacute; ser feita de forma sustent&aacute;vel, mantendo a arrecada&ccedil;&atilde;o e estabelecendo uma rela&ccedil;&atilde;o mais justa com o consumidor. &ldquo;A discuss&atilde;o &eacute; bem-vinda&rdquo;, assegurou.</p> <p>&nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Beto Coura<br /> Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. 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