alas LGBT https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/175253/all pt-br Presídios estão adotando alas LGBT para reduzir casos de violência contra homossexuais https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-09-29/presidios-estao-adotando-alas-lgbt-para-reduzir-casos-de-violencia-contra-homossexuais <p style="margin-bottom: 0cm">Marcelo Brand&atilde;o<br /> <i>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</i><br /> &nbsp;<br /> <img alt="" src="https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//sites/_agenciabrasil/files/imagecache/300x225/gallery_assist/26/gallery_assist715269/prev/ABr290913Divulga%C3%A7%C3%A3o%20Gov.%20Para%C3%ADbaroger_lgbt_-44.jpg" style="width: 300px; height: 225px; margin: 2px; float: right;" />Bras&iacute;lia - As penitenci&aacute;rias brasileiras est&atilde;o, cada vez mais, adotando medidas para evitar a viol&ecirc;ncia contra os homossexuais, como a cria&ccedil;&atilde;o das alas LGBT (l&eacute;sbicas, <em>gays</em>, bissexuais, travestis, transexuais e trang&ecirc;neros), que j&aacute; funcionam em quatro estados &ndash; Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Para&iacute;ba e Mato Grosso. A Bahia pretende implant&aacute;-las nos novos pres&iacute;dios, que devem ser constru&iacute;dos em 2014.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Em Minas Gerais, a ado&ccedil;&atilde;o de um espa&ccedil;o separado para abrigar a popula&ccedil;&atilde;o LGBT existe desde 2009 no Pres&iacute;dio de S&atilde;o Joaquim de Bicas e desde 2012 no Pres&iacute;dio de Vespasiano. O trabalho da Coordenadoria Especial de Pol&iacute;ticas de Diversidade Sexual de Minas Gerais (Cods) foi fundamental para a aplica&ccedil;&atilde;o dessa pr&aacute;tica.</p> <p> &ldquo;A ideia &eacute; tirar essas pessoas do conv&iacute;vio dos presos, porque havia den&uacute;ncias de maus tratos, al&eacute;m da necessidade de oferecer a elas um tratamento apropriado&rdquo;, explicou o subsecret&aacute;rio de Administra&ccedil;&atilde;o Prisional, Murilo Andrade. Para a chefe da Cods, Walk&iacute;ria La Roche, o problema &eacute; ainda maior e trata-se de uma quest&atilde;o de sa&uacute;de. Segundo ela, os homossexuais e travestis abusados sexualmente nas pris&otilde;es acabam contraindo doen&ccedil;as sexualmente transmiss&iacute;veis (DST) e, consequentemente, transmitindo a outros homens no ambiente carcer&aacute;rio.</p> <p> &ldquo;&Eacute; muito comum no nosso pa&iacute;s que essas pessoas sejam usadas como moeda de troca nos pres&iacute;dios. N&atilde;o h&aacute; preocupa&ccedil;&atilde;o com a transmiss&atilde;o de DST. E como os homens, depois, recebem visita &iacute;ntima, pode causar uma epidemia&rdquo;, explica Walk&iacute;ria. Al&eacute;m de criar uma ala separada, foi feito um trabalho espec&iacute;fico, com o oferecimento de cursos de cabeleireiro, corte e costura e pedreiro.</p> <p> No Rio Grande do Sul, a pol&iacute;tica de alas LGBT existe desde abril de 2012 no Pres&iacute;dio Central de Porto Alegre, o maior do estado. S&atilde;o cerca de 40 presos separados dos demais. &ldquo;O mesmo tipo de viol&ecirc;ncia que acontece contra essas pessoas nas ruas tamb&eacute;m &eacute; verificado aqui dentro. E essa foi a forma que encontramos para n&atilde;o contribuirmos mais com a viola&ccedil;&atilde;o de direitos humanos contra <em>gays</em> e travestis&rdquo;, explica a assessora de Direitos Humanos da Superintend&ecirc;ncia dos Servi&ccedil;os Penitenci&aacute;rios (Susepe), Maria Jos&eacute; Diniz. Segundo ela, houve uma queda significativa dos casos de viol&ecirc;ncia ap&oacute;s a ado&ccedil;&atilde;o da ala LGBT.</p> <p> A Para&iacute;ba conta com alas LGBT em tr&ecirc;s pres&iacute;dios e, de acordo com o governo do estado, a ideia &eacute; ampliar gradativamente a iniciativa para outras penitenci&aacute;rias. De acordo com o secret&aacute;rio de Estado da Administra&ccedil;&atilde;o Penitenci&aacute;ria, Wallber Virgolino, esse tipo de medida assegura o direito do homossexual se expressar sem sofrer repres&aacute;lias ou agress&otilde;es de qualquer natureza.</p> <p> Para Toni Reis, da Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de L&eacute;sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), a cria&ccedil;&atilde;o de alas separadas nos pres&iacute;dios n&atilde;o &eacute; o ideal, mas pode ser uma medida v&aacute;lida para resolver um problema imediato. &ldquo;Achamos que as pessoas n&atilde;o deveriam ser segregadas, mas por causa de toda a viol&ecirc;ncia, isso acaba acontecendo para preserv&aacute;-las.&rdquo;</p> <p> De acordo com Reis, a ABGLT direciona seu foco para a educa&ccedil;&atilde;o da sociedade contra o preconceito, inclusive junto a agentes de seguran&ccedil;a p&uacute;blica. &ldquo;Promovemos cursos, palestras e depoimentos contra a homofobia. A gente quer que todas as pessoas se integrem, porque se o preconceito na sociedade diminuir, isso vai se refletir&aacute; nos pres&iacute;dios.&rdquo;</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Edi&ccedil;&atilde;o: Andr&eacute;a Quintiere</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> alas LGBT Cidadania direitos humanos homofobia homossexuais preconceito presídios presos violÊncia violência contra homossexuais Sun, 29 Sep 2013 15:42:27 +0000 aquintiere 731711 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/